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Euro Cine | O Príncipe das Sombras

“O Príncipe das Sombras” representa um ápice entre o encontro do Ocidente e Oriente no sentido “cultural – médico – religioso”  do curandeirismo e misticismo característicos de cânone cultural voltado para tradições ciganas e um alerta, para o pessimismo do empirismo, e também de um modo de vida que fique impregnado, para um sentido de gnoses sombrias quanto a reflexão de entender o  sentido trágico da vida.

Por sinal, o “o trágico ocupou um lugar especial”, na historiografia recente em se entender como os Bálcãs, estiveram que empreender uma luta constante para conservar seu sentido de Estado-Nação ao longo do século XX, que foram mantidos perante a figura carismática do Marechal Josip Broz Tito (1892 – 1980), envolvendo um multiculturalismo que se escondia perante o desejo de submissão de um povo um para o outro.

As paisagens bucólicas da Antiga Iugoslávia seriam tomadas, pelos sons de uma longa Guerra Civil (1991 – 2001), que fragmentou seu território geográfico, mudando a sua composição geopolítica, para um sentido em revelar fatos históricos, adormecidos por um forte cabido de intolerância, ensejando a reabertura de antigas feridas perante as rivalidades étnicas, existentes entre croatas, bósnios, croatas, eslovenos, e muçulmanos.

Mais precisamente, deixou um forte sentido de inferioridade para um existencialismo que possa tanto conter uma ornamentação, entre a tranqüilidade de um local que faz, a anunciação da simplicidade coletiva, em contraste, no sentido do que significa ser simples, contendo como alvo moral, viver na “escuridão”, não somente como uma forma de se esconder, mas sim se conhecer, perante um novo esboço de linguagem, usando tanto do abstratismo que busque uma introspecção, desejando empreender um cunho psicanalítico da dor, sendo um sinal de arte, ao qual não necessita diretamente do barulho das armas, para se conter,  lutas ávidas para o compêndio comportamental para se caminhar para uma ontologia do “ser”, que se autorregula perante suas agruras de potencialidades mentais, que não favoreçam uma subjetividade que contenha responsabilidades, perante a conjunção e construção de um mundo, que possa estar distante a preconceitos híbridos, que venham a produzirem um reducionismo tanto na estética, como na mente das pessoas, em relação a discriminação.

Todavia, o personagem central Ricky, (Brad Pitt – 1963), lança as bases de uma luta pessoal relacionada a um modelo de tratamento corporal, sentenciado a atribuir as descobertas particulares do indivíduo, diante suas limitações vivenciais, que se tornam forças na promoção de novas sociabilidades, e também na redescoberta de proliferação, da candura e doçura, perante uma estrutura corporal que se desenvolveu de forma óssea, mas que não conteve um sentido claro de maturação, para principiar nuanças para um caminhar da liberdade, que não explore intelectualmente sucintamente o universo espiritual ao qual está submetido, engrandecendo uma “filosofia da exclusão”, tecendo um carisma de comportamento que corteja, um bojo de apresentação neurológica do que seja o “senso – comum”, do que é colocado como “diferente”, diante um caminho de escolha de vida a promulgar, uma cinematográfica que venha servir como instrumento para a elucidação da razão, perante as aventuras de buscar no desconhecido, algum tipo de estereótipo, que assim tragas respostas em como, possa enfrentar sua doença.

O Cinema como meio para combater convalescências, se torna um cunho emocional, para um crescimento de compêndio psicológico, que possa assim também fazer a união de espectros de transformação, em ornamentar um materialismo que assim busque no místico um sentido de cura, mas também de compreensão das realidades transversais.

Dentro dessas transversalidades, surge um “suspeito do conhecimento”, demarcando um estilo de refazer uma história, que não fique exclusivamente, a mercê de provar, sua sanidade e integridade física a todo o momento, sendo assim um vaticínio de como se locomover distante de certas marmúrias que se interrompem intelectualmente em diretrizes de neuroses, que fazem sempre um rebaixamento da reflexão.

Um cabido de intersecção, que faça da doença o julgamento, de um “labor”, que possa assim se chegar ao “amor”, em torno de uma interpretação que fique livre quanto a produzir elementos semiológicos de combater os preconceitos, como de exclusão – social.

Ricky é um exemplo que o preconceito, na condição de sua moléstia o faz viver nas sombras, mas distante do que possa ser classificado como penúria.

Em meio aos Bálcãs, indiretamente é revelado suas tradições, que foram profanadas e conquistadas, no sentido de arquitetar um multiculturalismo, que resistiu durante décadas, sobre a proteção do Marechal Josip Broz Tito e seu (Nacionalismo de Socialismo Democrático), sofrendo com a ameaça Otomana, depois Nazista, bem como sua resistência, de procedência eslava perante, os desígnios satélites de Moscou durante o período da Cortina de Ferro (1947 – 1991).

Na época de sua filmagem, a Iugoslávia passava perante uma crise de legitimidade de Estado, contendo na imagem de Slobodan Milosevic (1941 – 2006), o crescimento da intolerância, e também de um Nacionalismo Totalitário (ao contrário de Tito), que promoveu um limpeza étnica nos Bálcãs.

Dentro de um método de análise performática do papel de Brad Pitt, asperge uma condição da Natureza Humana, que contenha nominalismos de Ideologia Libertária Individualista, no sentido, de que, ser diferente, já culminaria com um aspecto de sentencia de morte, quanto a sua integração na Sociedade Civil.

Vivendo com sua doença, em se limitar a não experimentar o sol, realizando indiretamente uma alusão terrorífica, a um novo tipo de Fantasma da Ópera`Moderna, mas que sai do seu claustro de escuridão, e procura nas “trevas dos raios solares”, ter por algum momento dentro da sua condição de saúde limítrofe, experimentar algum tipo de “normalidade”.

Essa “normalidade”, que esteja nos auspícios, de uma frenologia de refazer uma ética ao qual, nem toda escuridão, é um sinal macabro de intersubjetividades que fique reduzido nos meandros do reducionismo, quanto a um existencialismo que não possa multiplicar um sentido, de como o amar, não possui formas e normas definidas.

Na “normalidade” das suas limitações dermatológicas, encontramos caminhos para um combate cultural, de um encontro entre o “modus vivendi”, que sofre com diferentes maldições antropofágicas, que assim realizam, construções de fatos biomédicos, que fazem, crescerem um sentimento sujo, de que para se adentrar na “vida dita como normal”, que seja proeminente a dor, e que venha a propiciar alguns momentos de ternura, para aqueles que não estão enquadrados, dentro de um sentido helenista entristecido pela carência da beleza, onde a valorização do corpo conjuga diferentes armas de preconceitos, extenuando um espaçamento de corpo, ornamentando uma dialética da informação, com recepção da “tradição estética  kantiana”, de como se deve agir perante o ser-humano que seja limitado pela natureza.

As maldições e maldades humanas adentram em um humanismo, mantendo coerções de psicologismos, que assim assimilem uma maturidade, quanto a submeter  uma subjetividade disruptiva de morosidades, como sendo uma arma central contra os sentimentos de constante inferiorização que as pessoas sofrem, (principalmente aquelas que possuem necessidades especiais), mas que sim, ovacione sonhos de saírem do inconsciente coletivo de serem vistos, como um semblante eterno de compaixão, e assim que não eleve os cunhos de sua razão com paixão particulares.

Uma razão, que não  busque somente na aparência, compreender, um sistema de interrogações para combater a proposta de um “fragmento amoroso”, ao qual não detenha a virtude, de um “amar incondicionalmente delirante”,  usando das percepções de Roland Barthes (1915 – 1980), com a sombra do “Cristianismo”, que expurgue assim a concepção da predestinação macabra de computar o “belo”, como sinal terno de leveza da formação de uma consciência individual cíclica, e ao mesmo tempo, concreta.

Voltando a um aspecto “crítico – político”, Ricky transpõe o sentimento de liberdade que assim exorte um altruísmo de enredo ultra – sentimental, que possa devolver “o seu sonhar”, mas contendo um pé na realidade, que assim expressasse um merecimento, de combate contra os vícios e verdades preconceituosas do “outro”.

Vícios pronunciando, que a humanidade, ainda sobrevive em sua verdade a delimitar, que a maioria as pessoas detém, um objetivo psicológico claro, que possam estar dentro do “Kalos”, que possa entrever uma educação que se limite, não somente a admitir e conquistar o material, mas sim que na ausência de dádivas, de vilipendiar, ditames para se chegar aos bons costumes, venham a evitarem, certo tipo de separação, entre as pessoas, que detenham na sua  sombra pessoal, o que seja um cantar de filosofia social, que possa promover uma satisfação clara do que possa elixir, uma comiseração perante a estagnar uma “luta de classes”, que seja normatizada, contendo  uma oportunidade de combate iguais, para todas as pessoas, perante uma selva nefasta de vaidade que o Capitalismo impregnou, para a maioria das pessoas.

Paralelamente a essa conjectura em fazer da história um íngreme ponto de relacionar os contextos entre se “se esconder e se excluir”, está também entrelaçado as posturas de “ego entre o coletivo e o individual”.

De certa maneira “Ricky”, se esconde em um caminho sociológico, de enobrecer uma lógica questionadora, qual não consegue sentir “o mundo”, dentro de um hermetismo em estar remediando os possíveis perigos perante sua exposição ao “sol”.

A essa visão de distanciamento de “um heliocentrismo psicológico”, está também um sentido da descrença perante a admissão de que a medicina falhou contigo, limitando sua vivência, que possa está considerar, uma eventual volúpia, em transcender suas habilidades de adaptações micro-espaço-geográficas, que viabilize não um estilo, de revolta por sua condição física, mas sim a realizar a ousadia de desafiar os seus próprios limites.

Antagonicamente, extenuando uma ornamentação social, sendo recebido como uma rebelião contra a sua “exclusão”, estando submetido em uma estilística, que cumpra um mandatário de buscar novas alternativas, para sua “vida”, em enfrentar um cotidiano, que apresenta deficiências, quanto a um papel de cidadania, que inverta um cânone de comportamento coletivo, que fique distante encarceramento, a uma falta de flexibilização, quanto a se viver plenamente.

Viver em querer, a não ser um mártir, de indivíduo que desafia a vida, mas sim que proponha um enfurecimento, em não ser uma simbologia somente, de superação de suas moléstias, mas sim, um empenho de incentivo, que assim possa realizar da “arte”, uma síntese de elevar os princípios subjetivistas, de que diante as amarguras que tanto o corpo e a mente provocam nas pessoas, a beleza em enfrentar um desafio constante de “situações-problemas”, podem configurarem novas oportunidades, para o autoconhecimento, bem como a construir um merecimento filosófico, nos exponenciais, de fazer da experiência em se viver, um querer em estar presente na consonância, de um comprometimento de que a subsidiar o prazer em ter uma normalidade, diante do pouco tempo que lhe resta.

Mesmo diante de suas limitações, seu espaço cinematográfico, gira em uma flexibilidade dual, de que não tem muita relevância em se viver no esplendor de uma longevidade, que esteja doente em seu gozo pleno, ao contrário de poder ter uma liberdade plena e cheia de luz e brio, independente do tempo que lhe resta.

Um brio que muitas vezes que faz somente a vida ser preenchida, por caminhos de uma burocracia, em tentar inventar alguma forma de se “viver”.

E nesse caso, Ricky, não procura somente a se reinventar “a viver, e sim  viver”,  tendo um sentido de tentar conhecer pessoas, com um gentil, em desbravar o que para o dia a dia, parece comum para os outros, faz uma  psicoenergia que entre na sintonia de um pensamento “Schopenhaureniano”, de buscar uma “verdade” do empirismo, um novo caminho, para uma humanização da subjetividade que procura nas atividades corporais, realizar a lapidação de um espaço narrativo, onde a doença não seja somente um significado de “dor”, mas sim que lute em não adentrar no cunho de crescimento do biopoder, como um utensílio de massificar uma acuidade de sentimentos que possam a vim excluírem, o que assim não seja classificado, como uma situação de vivência que detenha unicamente um traçado elitista.

Dentro de um pensamento “darwinista”, se encontra em uma luta incessante para assim conter experiências físicas e metafísicas, que possam nutrirem novos devaneios, de como emergir uma antropologia do “agir”, advindo de um “agir”, que busca vencer a si mesmo, dentro de um micro-tempo onde a morte seria também uma sensação de experimentar a libertação, diante a viver, somente “nas sombras”.

Mesmo com suas vestimentas negras e seu estilo de motoqueiro, que elevem artimanhas, para uma filosofia de que a anormalidade se torna um incentivo, para saborear o “gosto”, de estar no estrangeiro, contendo uma dupla identidade perante as surpresas que o destino lhe reserva, como a experimentar a paixão de estar atravessando os limites entre o  “amor e a rebeldia”, para um cenário paradisíaco que envolve um cunho de mistério, fugindo de um sentimento ilusório, que fique unicamente preso ao lamento de sua condição física, e não contenha, uma humanização que a doença não pode estar adjunta, com um enfoque  realizar uma profundidade indagadora a querer se viver mais.

Pensando de uma forma individualista, que a frieza da vaidade, pode vim a produzir um tipo de ação, ao qual se possa, também não estar subvertendo, um autoconhecimento que também se fala unir em diferentes espaços, para uma ontologia de vontades, que assim venha para uma conjectura fílmica, de cai no senso-comum, de um desastre de integração moral, que assim possa elevar heterogêneos, esteios de uma filosofia do que poderia ser classificado, como um sentimento de indiferença.

Ricky faz uma mistura de James Dean (1931 – 1955), com Shakespeare Apaixonado (1998), que paradoxalmente deseja a liberdade, mas que se encanta com o valor, que vida tem que ser repensada a cada instante, em uma rebeldia que une tanto a afetuosidade pela família como também a buscar sentir entender uma vida, como sendo um “homem-comum”.

“Brad Pitt, faz uma atuação, que caminha para transpassar o “real da maldade com a invenção”, de uma nova maneira de reponsabilidade”, que assim se coloque como um advento de engrandecimento de um cinema, que venha assim oferecer tanto a cultura, como uma entropia de comportamento, ao qual não possua nenhum tipo lamento de não ter aproveitado a vida, como qualquer outro tipo de pessoa.

Aliás, essa questão em não ser “normal”, entra em uma transgressão de respeito dentro de uma ética da indiferença, onde se presume que para se atingir um nível, de velar por sua forma de pensar individual, está sempre à questão de uma sujeição as tradições e culturas, ao qual o “ser”, esteja fazendo e realizando suas trocas amorosas e comportamentais.

De certa maneira, deixa impregnado, que estando dentro das Regiões Balcânicas, Ricky é consumido por um forte sentimento em se fazer aceito, mas que também procura internamente se esforçar dentro de suas angústias, possui, um íntimo que seja tanto de adoração por sua história de vida, como também a garantir um processo de aculturação, que ficou caracterizado durante civilidade hermética, e que indiretamente fez um estereótipo de se lutar contra um resplandecente cunho, de não estar inteiramente voltado para o vulgar.

Um vulgar que assim, elenque “a vontade de continuar a viver”, com um esmiuçar em ver a morte, não somente como uma limitação do material, mas sim como um sinal, que assim promover uma maiêutica de reaver, em aproveitar todas as suas dificuldades e limitações, na construção de amor universal, que se ponha no espiritual de que o sentido da estética corporal, está em não aceitar uma ríspida padronização, de recepção da informação que assim possa não levar a uma dialética, que dentro de cada fraqueza e limitação que o ser-humano detém, está à oportunidade de construir novos imperativos de atividades repletas de trocas e assimilações sentimentais, que possas assim dar valor, um equilíbrio entre corpo e mente.

Dentro desse viés cartesianista, Pitt, explora a iconografia pessoas de construir um arcanjo de exaurir a beleza masculina, como uma forma tanto de libertação dos preconceitos, como também a deixar um espaço de compreensão quanto a sair de uma virilidade, que promulgue a distorção de uma imagística artística, que assim não esteja totalmente dramatizada na inferioridade de uma pessoa que detenha alguma necessidade especial, mas sim fazendo ela se sentir especial dentro de seus problemas físicos e mentais.

Também nesse ponto, não deixa de ser uma forte critica indireta a um sentido biomédico de constituição da doença e da negatividade perante a pessoa que amargue o rótulo em ser “anormal”.

Sendo assim a normalidade em se buscar um amor, está para a interpretação cinematográfica, como um traço de harmonia, de se estar posicionando frente a um mundo, em que a estética está triunfante como uma maneira, de se distanciar de uma razão que possa levar todas as pessoas, para um axioma  de igualdade saliente, e que possa unir todas as culturas em busca do bem-comum.

Em termos híbridos “culturais”, vejamos que Ricky, luta mesmo que por alguns instantes, a fugir de sua condição patológica “protetiva” de atitudes que possam assim elevar novos ditames, para que haja a compreensão perante a doença, mas não unicamente restrição.

Uma “doença”, que não fique iconicamente interpretada para seus males corporais e sim que esteja assim sacralizada, a lutar contra qualquer tipo de preconceito que venham a afastarem suas maneiras de se colocar, em remediar, uma filosofia de um reducionismo quanto a promover a “compreensão e um compromisso de responsabilidade social ativa”, segundo as palavras de Hannah Arendt (1906 – 1975).

Vejamos que “a compreensão”, se faz muitas vezes através do surgimento da incompreensão, e que também assim é um exemplo para a construção de uma normatização da barbárie, que depois de passar pela auto-reflexão individual perante suas atitudes, defronte a conviver com o “outro”, e que assim esteja acompanhado de “uma a responsabilidade social”, que possa fazer um ponto de equilibro em “comum”, com todas pessoas, detendo um ponto de caminho psicológico, que não fique somente na tolerância, e sim permeie um espaço de civilização onde a ação com compaixão, saia de um modelo biomédico quanto à compreensão e reflexão da doença, sendo “uma modificação do espaço público”, onde possa se entrever, o que se faz jus ao crescimento de uma reflexão filosófica, que assim promulgue  polivalentes maneiras, de uma atribuição, a intermitências psicológicas que estejam, na união entre as pessoas, tanto no sentido corporal como espiritual.

Quando Ricky se esconde em sua “roupa negra”, projetando uma nuança bíblica, quanto os “perigos do pecar”, através da beleza, deixando um caminho de “compreensão”, de que o pecado se faz através da sedução dos sentidos,  pelo “belo”, que assim se fasta de uma racionalidade, que esteja influente nas introjeções, a jubilar novas diretrizes de um companheirismo, que fique encarcerado exclusivamente na busca e satisfação do prazer corporal somente.

De certa maneira, ao se esconder dos raios solares, além de fazer uma alusão quanto aos perigos, de se idealizar na escuridão, um mundo onde não haja, egoísmos e a exclusões, Ricky se torna um exemplo de que a massificação, pode tirar as características éticas, do “bastar a si mesmo”, como também está elegido, para uma educação ao qual “o diferente”, é uma alimentação, para uma falta de ação, que assim eleve uma cosmovisão de disparidades psicológicas, quanto a conviver de forma frenética em torno de um grupo ou conglomerados humanos, que assim fuja de uma condição hedonista, que não seja somente vitimista, mas assim que se aplique para uma mensagem, de estar em uma teologia da mente, que assim saiba lidar com antagônicas formas de recepção e assimilação do “real”.

A adaptação de uma sociedade perante o que seja “diferente”, somente vem a valorizar uma “Modernidade”, onde os padrões de aceitação e assimilação intelectual ficam presos a uma lógica, de implorar por algum tipo de mudança de paradigmas normalísticos dentro dos relacionamentos humanos, que não venham a realizarem neuroses quanto a uma sintomatologia, de que é necessário seguir todas as regras de comoção para assim fazer todas as pessoas com necessidades especais se sentirem bem.

Ricky, só quis experimentar uma rebeldia natural de cada jovem, mesmo que isso lhe custasse à vida, como também possuía o sentido estético de um cinema retornando a figura James Dan, em ser “transviado como boa parcela da  humanidade”, que não impregna manuais silenciosos de angariar um comportamento que seja certo, sendo que dentro de cunhos da elevação de crescimento moral, está o altruísmo nefasto de se importar com o próximo somente pelo sentido de aparecer bem perante a vivência particular de cada  se um em seu esteio social.

Sendo assim, O Príncipe Das Sombras, corrompe-se na sua própria sombra, em querer enxergar a luz, para poder assim conter um elementar compromisso de se construir como um “ser-humano normal”, em meio a um mundo que gosta ser anormal, com um colossal abissal compromisso sepulcral, em conter uma falta do espiritual e do mental, voltados para integrações, entre as pessoas de diferentes estados e condições psicológicas e sociais.

Dados Técnicos.

O Príncipe das Sombras

Filme de 1988.
Direção: Bota Nikolic.
Elenco: Brad Pitt, Guy Boyd, Milena Dravic
Terror | Canadá – Estados Unidos – Iugoslávia

Sinopse: Rick (Brad Pitt) é um jovem americano que sofre de um rara doença de pele, que o impede de se expor a qualquer tipo de luz, principalmente ao sol. Depois de várias tentativas de cura sem sucesso, seu pai o leva para um vilarejo na Iugoslávia, onde ele encontrou um curandeiro que irá, supostamente, savá-lo. Quando o tratamento não funciona, Rick decide esquecer a doença e aproveitar a vida, sentindo a luz do sol em sua pele pela primeira vez.

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