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5 Duras Lições do Livro Sobre a Brevidade da Vida parte 2

Escrevi um texto e fiz um post com 5 duras lições desse magnífico livro, mas ainda assim é pouco. Por isso trago mais 5 duras lições.

Sem delongas…


O livro em questão, aborda os temas da vida de forma magistral. O viver o presente é exposto também, de forma clara e concisa.

Cada um faz precipitar sua vida e padece da ânsia do futuro e de tédio do presente. Mas o que emprega todo o tempo consigo próprio, que ordena cada dia como se fosse uma vida, nem deseja o amanhã, nem o teme. Pois que novo prazer há, que qualquer hora lhe possa imediatamente trazer.


E o que falar dos que se acham imortais? Daqueles que não vivem o hoje, desejando um futuro que pode nem chegar…

Como mortais, vos aterrorizais de tudo, mas desejais tudo como se fôsseis imortais. Ouvirás muitos dizeres: ‘ Aos cinquenta anos me refugiarei no ócio, aos sessenta estarei livre de meus encargos.’ E que fiador tens de uma vida tão longa? E quem garantirá que tudo irá conforme planejas? Não te envergonhas de reservar para ti apenas as sobras da vida e destinar à meditação somente a idade que já não serve mais para nada? Quão tarde começas a viver, quando já é hora de deixar de fazê-lo. Que negligência tão louca a dos mortais, de adiar para o quinquagésimo ou sexagésimo ano os prudentes juízos, e a partir deste ponto, ao qual poucos chegaram, querer começar a viver!


Há também, alguns que até vivem bastante, ou melhor, muito tempo passam por aqui, acumulam riquezas, mas não usufruem e, ao perceberem o fim chegar, desejam mais tempo, tanto para usufruir do conquistado como para, realmente, viverem…

Velhos decrépitos mendigam em suas orações um acréscimo de uns poucos anos; procuram parecer menos idosos e lisonjeiam-se com mentiras e encontram tanto prazer em enganar a si próprios, que é como se enganassem junto o destino. Mas, quando uma enfermidade qualquer adverte-os de que são mortais, morrem tomados de pavor, não como se deixassem a vida, mas como se ela lhes fosse arrancada. Ficam gritando que foram tolos em não viver e que, se por acaso escaparem da doença, haverão de viver no ócio; então, tomam consciência de quão inútil foi adquirir o que não desfrutaram, e de como todos os seus esforços resultaram em vão. Mas para aquele cuja vida esteve livre de preocupações, por que não haveria ela de ser longa? Dela nada foi transferido a um outro, nada foi atirado a um e outro lado, nada foi dado à Fortuna, nada desperdiçado por negligência, nada foi esbanjado com prodigalidade, nada ficou sem ser empregado, toda ela, por assim dizer, teve proveito. E, deste modo, por mais curta que seja, ela é mais que suficiente; e portanto, quando lhe vier o último dia, o sábio não hesitará em caminhar para a morte com passo firme.

Sèneca Filósofo

E por falar em não aproveitar, Séneca nos joga na cara que nossa vida não é breve, mas nós a fazemos assim…

Não é curto o tempo que temos, mas dele muito perdemos. A Vida é suficientemente longa e com generosidade nos foi dada, para a realização das maiores coisas, se a empregamos bem. Mas, quando ela se esvai no luxo e na indiferença, quando não a empregamos em nada de bom, então, finalmente constrangidos pela fatalidade, sentimos que ela já passou por nós sem que tivéssemos percebido. O fato é o seguinte: não recebemos uma vida breve, mas a fazemos, nem somos dela carentes, mas esbanjadores.


E para fechar o post. Um pouco sobre inveja.

… a inveja tem olhos apenas para o que está próximo de si, e admiramos com menos malícia o que está distante.

Precisa comentar mais?

Não deixe de conferir.

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