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HQ’s Entrevista | Bruno Breaker

Sua história, apesar de ter um herói, não teve como ponto de partida os quadrinhos… ou teve? Afinal, Bruno é fã do audiovisual, mas foi através da trilogia do Nolan que sua vontade de escrever uma epopeia nasceu.

Hoje lhe convido para saber um pouco mais sobre esse carioca de 29 anos, instrutor de artes marciais, universitário de Psicologia e estreante no mercado editorial.

Qual foi a sua primeira experiência com super heróis e HQ’s?

Antes de qualquer coisa, eu gostaria de agradecer à página HQ’s com Café, pela oportunidade. Me sinto realmente lisonjeado. […] Na verdade, eu conheci mais de um herói, meio que concomitantemente. Acontece que um amigo meu, na minha infância, havia ganho um monte de quadrinhos de um primo e eram tantas, que ele deixou até algumas comigo. Eram HQ’s do Hulk, do Homem Aranha e do Lobo. Parece meio ‘nada a ver’ uma HQ do Lobo entre essas, mas, foram exatamente as primeiras que li. Elas não representaram, de fato, uma inspiração, mas foram as primeiras.

Que tipo de mídia e heróis te inspiraram a criar War-Tek? Afinal, você escreve livros, certo?

Pra ser honesto, o cinema me inspirou mais que qualquer outra coisa. Mais que as HQ’s e que os próprios livros. Em princípio, estou sim, apresentando War-Tek ao mundo através da literatura, mas, na medida em que for se tornado economicamente possível a mim, pretendo expandir isso até outros formatos, como games, animações e etc. Apesar de eu denotar uma certa criatividade desde a infância, creio que meu ‘ponto de ignição’ se deu já na juventude, a começar pela trilogia ‘O Cavaleiro das Trevas’, de Christopher Nolan. Ali, ainda que relativamente tarde — com vinte e tantos anos —, foi que meu paladar pra coisa começou a se apurar e de uma maneira completamente audiovisual. Apesar de hoje eu cursar Psicologia, o cinema está na minha corrente sanguínea. Antes de escrever qualquer coisa sobre War-Tek, e vi tudo em Imax na minha cabeça! (Risos)

Parece mesmo que você é um apaixonado por cinema. Mas, se sua inspiração não vem dos heróis que conhecemos, vem de quê?

Ela também vem dos heróis que conhecemos. Eu sou um super fã do Batman. Não sou expert e nem colecionador de HQ’s, apesar de ter algumas, mas, não foi por acaso que citei a trilogia do Nolan. A história e especialmente, a Psicologia do personagem, expressas daquela forma tão tangível quanto me pareceu nos filmes, me deu um ‘estalo’. Eu já “resíduos” War-Tek no meu imaginário, mas, faltava aquilo pra eu dar o pontapé inicial na criação desse universo. Entretanto, seja escrevendo minhas estórias ou falando sobre elas, faço questão de reforçar que em nada elas se assemelham às da DC ou da ‘Casa das Ideias’.

Caramba! Parecem realmente interessantes as suas ideias. Tudo isso acontece em War-Tek | Apotheosis?

Na verdade, eu te dei parte de um apanhado geral. Digo “parte”, porque há uma quantidade significativa de personagens, acontecimentos cruzados e paralelos na trama. Se falar de como as escolhas de nosso protagonista interferem nos eventos do passado e do futuro na narrativa — olha eu te dando Spoiler indireto pros livros futuros. No caso de War-Tek | Apotheosis, meu primeiro livro, o leitor é introduzido em todo esse contexto histórico, político e social de Herrenland, nossa nação fictícia onde tudo ou quase tudo ocorre. É nele que o terreno é preparado para o engendramento de Dereck, o cara através de quem — mas, não por sua vontade direta —, não somente os “paranormais”, como eu chamo, são apresentados ao mundo, mas, é desencadeada uma onda de eventos que leva à incidência de heróis reais no mundo real. Na verdade, um dos meus objetivos principais com War-Tek é introduzir estórias sobre heróis cada vez mais tangíveis, mesmo sob o absurdo tecnológico, distópico e escatológico intrínseco das minhas narrativas. Quando me perguntam do que se trata War-Tek, pra resumir, digo que é uma epopeia Sci-Fi — foi a definição curta mais legal que encontrei —, mas, ao ler aquelas páginas, as pessoas encontrarão, como plano de fundo, um mundo decadente igual ao nosso. Nações em crise, economias colapsando, mídia tendenciosa, corrupção política e problemas sociais, população cada vez mais dependente da tecnologia e consumista, uma percepção de mundo cada vez mais manipulada pela máfia político-empresarial e daí pra baixo. E, no ‘foreground’ da trama, temos heróis vendo-se cada vez mais impotentes e sujeitos às transformações socioeconômicas e geopolíticas engendradas pelas escolhas dos homens. Aqui, seguimos o caminho contrário, se pensarmos no filme ‘Fúria de Titãs (2010)’, onde os homens, sentindo-se subjugados, desafiam os deuses. Em War-Tek, a contemporaneidade, a civilidade e a organização do mundo pós-moderno sugerem outra coisa. Diante das leis, das tecnologias militares desenvolvidas pelos governos e das vidas em risco, a onipotência se torna uma coisa bem utópica, por mais que ela exista potencialmente. Dito isso, gosto de pensar que War-Tek é progênie de tudo o que eu já vi, criei e imaginei desde a minha infância, mas, que foi criativamente aperfeiçoado com a experiência do cinema.

Fale um pouco sobre você. Há quanto tempo escreve?

Sou natural do Rio. Tenho 29 anos. Sou casado, instrutor de artes marciais e defesa pessoal, universitário de Psicologia e estreante no mercado editorial. Escrevo desde 2014, mas, por incontáveis questões pessoais, somente pude finalizar Apotheosis e publicá-lo recentemente. Ah, preciso também ressaltar quão grande influência as artes marciais tiveram sobre minhas criações.

Você citou ‘livros futuros’. War-Tek constituirá uma trilogia?

Mais que isso. ‘War-Tek | Tecnologia de Guerra’ é o nome de um arco literário, se assim posso chamar, constituído por sete livros, os quais já tem título e carecem apenas de revisão. Há de convir que, apesar das minhas responsabilidades, de 2014 pra cá, eu tive bastante tempo pra escrever. De qualquer forma, a brincadeira não para por aí. Após Tecnologia de Guerra, veremos ‘War-Tek | *Não posso falar ainda*’ (Risos)

Em que formatos e lojas ‘War-Tek | Apotheosis’ está disponível?

Está disponível como Livro Digital, no formato Epub e na versão física. Não sei se de fato inovei, mas, eu tentei ser visionário nisso. Estou vendendo a versão Epub pela Amazon e a versão física pelo Clube dos Autores. Mas, eu editei ainda, uma outra versão Epub que contém trila sonora. Como eu disse, minha experiência foi mais audiovisual que literária. Então, produzi essa versão, a fim de promover mais imersão aos leitores das minhas estórias. Nela, ao longo do texto, em determinados nuances da trama, o leitor encontrará um player de música entre os parágrafos, onde, nas páginas iniciais, eu informo e aconselho que acione ao prosseguir com a leitura. Dessa forma, na medida em que se continua lendo, a situação a seguir ganha uma atmosfera imersiva através do tema musical épico que é introduzido na experiência com o livro. Eu, sinceramente, dei o meu melhor nisso. Cheguei até trocar uns e-mails com um dos produtores das músicas que selecionei.

Com uma história desse calibre, o que você tem a nos dizer sobre o protagonista?

Então, Dereck é um rapaz que teve o avô e o pai assassinados por nosso primeiro vilão. Assim, num determinado dia de sua vida “normal”, procurando documentos de seu pai na casa onde vive com a mãe, ele encontra arquivos confidenciais de uma organização paramilitar secreta, o que desmente tudo o que sua mãe lhe contara desde a infância sobre a morte de seu pai. Assim, ele resolve sair de casa atrás de repostas. Em tal aventura atrás do passado, ele é abençoado ou amaldiçoado — prefiro deixar por conta do leitor — com habilidades incomuns e perde o mais importante de tudo o que lhe restara. Ele realmente encontra suas respostas, mas, “sai” dessa loucura com o coração dilacerado e perturbado por mais perguntas — e perguntas que não há quem possa responder. E assim, com a alma baleada, ele tenta aceitar a nova realidade que o rodeia e seguir em frente. Mesmo sem saber o que o destino ainda lhe reserva.

Pra fechar. Além de toda a questão sociopolítica e dos dilemas pessoais das personagens, o que o público pode esperar de War-Tek?

Ah, com certeza muita porrada, ação, emoção, drama e diálogos marcantes. Especialmente após a introdução do leitor à história de Herrenland e a tudo o que antecede o engendramento de nosso protagonista, Dali pra lá, a estória se assenta ainda mais no imaginário de quem lê e a expectativa do que virá é de fazer roer as unhas. (Risos)

Você pode ler o primeiro capítulo dessa grandiosa história no Wattpad, se quiser comprar o Ebook ele está disponível na Amazon, se optar pela versão imersiva, é só adquirir lá no Hotmart, mas se você prefere a versão física, está disponível no Clube dos Autores.

Para saber mais sobre o autor e sua obra, acesse o Facebook: Bruno Breaker.

Para ler outras entrevistas, acesse: HQ’s Entrevista.