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Euro-Cine | Batman: O Retorno

“Batman: O Retorno” traz questionamentos sobre os limites taciturnos da loucura, dentro do comportamento misturado do herói e do vilão.

Seria ambos, dentro de uma mesma estética provocativa, uma poética de tormentos, que não possam fazer que a política harmoniosa da sociedade esteja volumetricamente voltada para uma cultura de viver de aparências,  compartilhando um cinema que engendra a “imagem” de mover preconceitos contra a discriminação da aparência e da imagística.

O preconceito de aceitar a normalidade prima, para uma razão que inveja a loucura, de poder ir adiante, de não haver o crescimento de uma vaga mentalista na onda de um sentimentalismo, que faz o psicológico ser consumido pelo seu “dever” justiça.

Um “dever”, para entrever, que mesmo não havendo uma normalização, para uma virilidade em se provar essência da masculinidade, diante o combate do crime, que faz a imagem do “Justiceiro”, não ter o “direito de amar”.

Se Vicki Vale (Kim Basinger – 1953), remediou uma inocência displicente de loira fatal, com repúdio a um sexismo escrachado de Selina Kyle, (Michelle Pfeiffer  – 1958), transbordou uma “ludovica”, mudança de comportamento destrutivo depois de ser atirada pela janela ao descobrir irregularidades do patrão, Max Shreck (Christopher Walken – 1943) fazendo enredo de vingança que misturado o rigor de cortejo amoroso – jocoso do Romantismo, para celebrar uma neurose da obrigação de Gotham ter alguma liberdade existencial – sacramental, já suas próprias instituições civis e jurídicas produzem monstros abomináveis.

A Mulher – Gato, vítima de um preconceito da métrica machista em se aceitar somente homens, que dentro da cena em que Selina, questiona Shreck, sobre poder dar um “ simples palpite perante assuntos capitalistas, e também condizentes a poluição causada por sua Companhia”,  evidenciando o menosprezo pelo gênero feminino sendo vista no irônico linguajar de rebaixar-se eticamente como uma atendente medíocre, estando destinada laconicamente a servir cafezinho para seus convidados.

Dentro do caminho para se questionar a poluição e preservação do meio – ambiente, é revelado o pouco caso realizado pelo magnata, em não um filtro catalisador e purificador em suas chaminés buscando unicamente o lucro, expondo um tom cinza, e ainda mais sombrio para a metrópole do Cavaleiro das Trevas, ao qual Tim Burton (1958), proporciona uma preocupação para alertar o público sobre os perigos do efeito estufa e da falta medidas governamentais e públicas em priorizar a preservação do meio-ambiente.

Noam Chomsky (1928), “define o lucro, como um espaço maléfico do consumismo e do prazer do conforto infinito das pessoas”, parafraseando com uma questão existencial do “homem-morcego”, estando em um flanco ideológico de levar uma labareda de provocação a manutenção da ordem, forçando que “Batman seja Batman”, (no imaginário de ser somente mais um lunático revoltado com capa e máscara) padecendo do elixir ao não esquecimento do crime, em suas particularidades intelectuais estando revestido por uma profundidade a usurpar o desejo e a ganância da maioria das pessoas.

Vindo, a alimentar, uma semântica, de que dentro de um espaço da “mise en scéne”, um ponto de vista eticamente maniqueísta do “pop”, a ter um lado, que se faça simpático para lograr escolher entre a loucura do sentido de justiça, que não possua uma graça, de elevar um crescimento psicológico, não estando repleto de lamentos, como a família Cobblepot, que inunda diretamente a ideia de uma eugenia, e de ultravalorização do “belo”.

Batman dentro de sua indumentária submete uma lembrança de ideias Renascentistas estando dentro de um plantel, ao qual o “corpo”, sarado e forte, com claras definições anatômicas, organiza uma incessante luta entre “o belo moldado”, nas diretrizes de uma indústria cultural massificada, que perdeu seu brilho diante o classificado como “feio”.

“Umberto Eco (1932 – 2016), em uma comparação com Chomsky, enfatizou “que dentro da cultura do feio”, gera uma acumulação de interesses capitalistas, que não enaltece exclusivamente o bizarro, mas sim traz a esperança de um amor projetado e introjetado, como uma “forma materialista”, de enxergar que no “outro”, o espaço entre estar enciumado de ser ou não ser  desejado e amado.

O Figurino modernista feito por Burton substituiu o fanfarrão sentido de um Batman “comum – simplório”, dos anos de 1960 de Adam West (1928 – 2017), colocando uma supressão de unicamente caracterizar o bom moço benfeitor, e sim um assassino em nome do “Bem”, que na solidão de sua caverna, e com a partida de Vale, cumpre cegamente sua  missão divina de combate a criminalidade, fazendo uma sexualidade esbaforida, na solidão em ter que optar pela personalidade carente de Bruce Wayne, com a rigidez do defensor de Batman, separando parte de um personagem em torno de um mesmo corpo.

Michael Keaton (1951), acrescentou em sua performance uma mistura aguerrida de semiologia entre a separação da vontade a se colocar no perigo das artimanhas malucas do Pingüim (Danny DeVito – 1944) e da Mulher Gato, não sendo somente uma estirpe de vingador, mas que também dentro do seu uniforme está alguém que desejaria ter uma vida que fosse normal.

Mulher Gato

Mas “por sua cidade o normal”, é só mais um sinal “do anormal”, advindo e germinando em provocar cada vez mais as pessoas para um sanatório a céu aberto de uma zumbização da moral na crença de um entidade camuflada de negro que possa sempre proteger a cidade moribunda e imunda.

Ou seja, “o feio”, para uma linguagem cinematográfica encarcerada na grafia dialética, de se rebelar contra uma nostalgia em se sentir “normal”, mas o “normal” não é sinônimo de conversões política e sociológica.

A corrupção Max Schreck, é um sinal da “política como perversão e espetáculo de ilusão”, aliás, a ilusão é uma marca registrada, no universo de mistério do Batman.

O abandono de órfãos, por pais, que não aceitam suas limitações, submete a uma busca de humanismo sustentado pela ideia de perfeição de Aldous Huxley (1894 – 1963), em “Admirável Mundo Novo” (1932)  suplantado pelo vício de que o horroroso é uma marca de fraqueza em relação a história que escolhe de maneira alucinada quem vai ser agraciado, por pergaminhos de uma arte que escancare todas as estranhezas humanas.

No jogo de luzes com a maquiagem do Pingüim colocando sua face negra e branca, se une ao ambiente da cidade do incerto, que está inserida a um sentimento do bem e do mal, dentro da conformidade de que a liberdade se faz dentro de nossas escolhas, acolhendo uma humanização, de quem pode ser considerado como sábio ou louco.

Caminhando assim para uma construção do Batman, que assim como seus inimigos, faz de suas carências armas para uma revolta, legalizada pela Lei, para assim deixar uma inserção de que o “negro cinzento”, de um cenário alucinante – desconcertante que Burton usa e abusa, como uma mensagem de engrandecer uma dependência praticamente “nietzschiana”, do cinema, na ação, tanto dos movimentos psicológicos e filosóficos em  submeter dependências de consciência em facilitar abertura de fugas espirituais balanceados nas limitações do Estado Contemporâneo que possa dar condição de vida digna para todos.

Dentro dos nichos metodológicos conflitantes, de uma lógica analítica social, político e antropológica dos seus personagens, nos espaços íntimos, de uma narrativa heroico – negra que enlace uma psicologia das cores, submetem uma arte que esteja na subtração do que há de pior do ser humanos, como uma forma de sua enunciação perante o universo ao qual vive.

A solidão do herói, e a publicidade da maldade, fazem conjecturas de que para se viver em paz, a guerra por reconhecimento, deixa um pouco de gratidão incoerente perante a qual lado vai se voltar, quando estiver apontado para uma comiseração de constituição intelectual que faça uma  história livre de tendências intelectuais excludentes, que fiquem sentenciadas a uma imagem de acumulação de bens matérias e espirituais.

Burton em seus filmes, deixa exposto como o espiritual e o material estão pautados tanto na riqueza de deter-se no capital algum tipo de suplicio para suas carências emocionais que cada um leva em um espiritual cambaleante, que está coadunado com uma subjetividade de ímpeto e loucura, de frescor e horror esplendido de tonalidades exuberantes e deturpadas, fazer uma alienação inteligente de percepção metafísica ao qual o homem produz seus próprios vícios, a um assédio, que esteja tanto para a criticidade, como para um crescimento psicossocial, de fluxo constante da inteligência.

Os vícios de justiça contemplados por Bruce Wayne, contradizem-se, com uma forte tendência de que para arquitetar seu lugar no mundo, é saudável dançar com uma política de conduta idiota, onde o vitimismo já não tem mais espaço, e sim está angariado, a uma gnose, de se encontrar prezo a ativismos, de como a intelectualidade particular de cada um, vai se moldar, em condutas que sejam construtivas ou destrutivas ao mesmo tempo.

O Pingüim é o fruto da rejeição de uma humanidade, que se proclamou como a perfeição do belo, e assim faz do horror, algo somente estético, desvencilhando e desvinculando, uma metafísica de contingência para o princípio de fatos biológicos, interferem diretamente para uma simetria de sustentação de como “o ser”, vai se sustentar fenomenologicamente e politicamente perante injustiças cometidas diretamente e indiretamente contra qualquer que seja abastado ou injustiçado.

Das cinzas de problemas mentais corporais surgem celebridades da “cultura pop”, que escancaram uma singela transversalidade, na argumentação de impingir o sentido do que seria a “coisa em sai”.

“Para si”, essa “coisa em si”, é aceitação dos problemas que cada um herda, de seu nascimento nesse mundo que segundo as palavras de Antonio Gramsci (1891 -1937), “está na política, de obedecer às regras, que vão serem reproduzidas, na escuta de empreender, um diâmetro de sociabilidade, de copiar a maldade e a falsidade”, como um atributo que produzir relacionamentos conscientes e inconscientes, mas que escondem, as frustrações como um “darwinismo emocional”, para um “eu”, que esteja suplantado e dominado tanto dentro de suas próprias forças físicas e sentimentais, mas que florescem a uma linguística de possibilidades de lutar contra o senso comum, não ficando no ultraje burocrático de produção constante de Ralé.

Relacionando com a “Teoria das Massas” de Hannah Arendt (1906 – 1975), com o “poder da imagem questionadora com cores viva” do escritor e teórico da Arte René Huyghe (1906 – 1997), Batman, Pinguim, e a Mulher Gato, usam de indumentárias naturais e artificiais, para estilismos psicológicos voltados tanto para promover a maldade, e fazer um “pára-bem”, confundido na luta contra um bullying espiritual, que diretamente personifica, a maldade no farrapo de um “humanismo” que emperrou em sua preciosidade benevolente, de fazer os homens iguais, e mulheres sensíveis, mas com direitos e deveres no mesmo grau de sintonia existencial e de prática.

Selina expressa um “feminismo” que luta contra os abusos cometidos por Shreck, que está em um escopo do chefe intransigente, e extenua uma concentração de classe dominante ideologicamente erguida no “platonismo” da ignorância pré-auscultadas, para uma “Didática”, de esquecimento e que necessita da atenção, para demarcar certo “Romantismo” para o engrandecimento e idealismo do herói.

Não que Batman venha encarnar uma espécie de Zorro ou Robin Hood, mas isso não deixa de conter certas curiosidades.

Zorro é fruto de uma sociedade colonial que em sua decadência moral, já não consegue mais se estruturar como berço de hegemonia política e social, e Robin Hood, faz força contra as injustiças nobiliárquicas apoiada por um Clero cego aos pecados da exploração do homem pelo próprio homem, detendo sua revolta assim como a do guardião de Gotham em tentar mudar um status-quo, enraizados nos meandros psicanalíticos de uma possibilidade surreal de igualdade.

Nessa luta de classes, está à ascensão de um Capitalismo que segundo o filósofo István Mészarós (1930 – 2017) “denigre o uso do dinheiro, fazendo de sua base moral, um sentido de luta e ideologia contra o momento histórico estabelecido”.

Voltando Huyghe, “a imagem e apresentação de estereótipos contraditórios a uma primeira interpretação”, faz com que  internamente ao esteio de crítica do observador, a contradição seja um singelo prognóstico de um “tempo presente”, com leis de aceitação aleatórias, tramitando para um “paidós” do cuidar, e também de esquivar-se de comprometimentos a um apego pela pessoa amada, o que se encarrega do seu crescimento como símbolo no imperativo de fazer do “amor universal”, algo que seja também sinal de justiça, mas como amor pela “paixão”, não está nas dádivas de enrijecer de uma “ética vocacional”, clara e elucidativa, estando para um modismo de que o poder sentimental pode influir diretamente na racionalidade de qualquer um que seja candidato a herói.

Pinguim seria um anti-herói declarado, que assim fugiria de uma projeção do vilão tradicional, pois estaria representado em um prognóstico daquilo que a civilização ocidental, quer tanto quer se livrar, de suas falhas bioantropológicas, em não conter um “material genético”, que faça de sua “proto-imagem”, algo que venha justificar que naturalmente as falhas vão existirem, assim como o “pecado original”, independente do que se faça.

Dentro “de uma máxima bíblica, “o homem sendo a imagem e semelhança de Javé” e a feiura do Anticristo”, “então tanto o zoológico ambulante antropomórfico mascarado e maquiado” de Burton, fazem um questionamento teológico de como se chega ao animalesco usando a razão?

O Pingüim está aspergido em uma “mise en scéne”, ao qual ordena para  sua gangue do circo, repleta de excentricidades ambulantes, e pictóricos conglomerados psicológicos beirando a psicose, o sequestro e execução e extermínio dos principais herdeiros, da elite de Gotham, quando é questionado por um e seus comparsas, se isso não seria um limite para tanta crueldade, é taxativo em dizer não e a matar o autor da infeliz indagação, completando com um diálogo, que resume sua posição dentro da cadeia alimentar boçal – social ao qual foi lançado.

Pinguim - Batman

“Eu não sou um homem, sou um animal”.

Não se trata de um maníaco como o Coringa, e sim alguém que se colocou como um simbolismo da falta de racionalidade, que em sua monstruosidade gutural e operadora, buscando uma forma de exterminar e construir uma filosofia de visão do mundo, tendo no feio e grotesco como base de suas ações e implementações de barbárie.

A discórdia para diegéticos caminhos pelos quais se cria um litografia maníaca, de como se trabalhar para uma Glória, em uma cidade recheada de pavor, que não distingue o que seria o matar como uma necessidade existencial, de um lado obscuro opcional, ornamentando assim o sentimento repulsivo, para uma nova forma estética, caminhando para  a humanização do mal.

Um mal que não se trata de um cunho de vingança, germinando para um caos de atrocidades, exterminando o que seria um traço de do que pode caminhar para uma credibilidade de conhecimento respeitoso, ao contrário em se aceitar uma psicologia atordoante do comportamento sintomatológico do cinema, que entra crise dentro de suas próprias simetrias de existencialismo.

Para questões de uma fenomenologia perceptiva, que venha salientar o que ocorre em uma cultura que busca na Justiça, um meio de embelezamento, para constituição de seu estilo “Escurista”, em seu tom de despertar tanto sentimentos de expurgação, como também um “Negro”, que se eleva para mentalidade heurística como preâmbulos, para uma Lógica, de que para se chegar a condição herói é necessário um pouco de crueldade.

No espaço intrapsiquico “Batman”, no seu “Retorno” enfoca um pouco a mística do “Rei Artur”, ao qual o protetor está sempre próximo, para se deliciar, em buscar uma paixão ensurdecedora pelo perigo, e que “o amor pela humanidade”, venha como uma característica estereotipada, por um cinema que possa promover tanto o ódio, como uma incumbência “sacramental – social” na senciência para uma constituição fraseológica, que o terror, pode ser utilizado, como um figurino que faça o público aguçar todos os seus sentidos para uma desconfiança, que coloque um “entendimento”, de que para um lampejo de vitórias se faz uma paciência que seja necessária muita inteligência.

Para uma “condição humana”, gracejando que as “Criaturas da Noite”(1982), a uma comparação de um dos discos mais influentes do “KISS” (1973), está um indivíduo trajado de mamífero voador, que também possui em suas angústias, o desejo aquém de assediar a criminalidade, de paz interior, mesmo que para isso, tenha que abrir mão de um nefasto desejo sexual por cunhos, de que para a satisfação do seu inconsciente, está um desejo alarmado, em renegar sua solidão da noite, sendo um tombadilho missionário, que não tem como “retornar”, para seus estamentos de viver em uma sociedade de maneira pacífica.

Indiretamente Burton, tanto no primeiro filme como no segundo, exala a figura de mulheres fulminantes e misturando doçura com esperteza, que causa um fetichismo, de que Batman, dentro de sua solidão, encarna internamente um Bruce Wayne, que na vingança contra a criminalidade, está realizando boa parcela de suas frustrações sexuais.

Há em sua tessitura em movimentos corporais, na construção ideológica de se elevar uma psicanálise, com dedo de Wilhelm Reich (1897 – 1957), de um hedonismo secularizado pela figura masoquista do capuz, que submete ao gosto de “sangue derramado”, que não possibilite um crescimento exorbitante da ignorância.

Sobre o consentimento a colocar Gotham City, “como sua cidade”, Batman deixa um sentido de um hermético epistemológico traçado, de estar subordinado, para um sentimento um “Liberalismo” de ações individuais, ao qual o oferecimento da violência contra alucinados elementos de signos fílmicos alucinantes que submetem a uma “história da loucura” de Michel Foucault (1926 – 1958), ambulante, fazendo do excêntrico uma inclinação para se perceber um cinema, que Burton fez do exótico um bizarro prognóstico para uma “beleza as avessas”.

Voltando Umberto Eco, em sua “história da feiura”, contradiz ao ideal de perfeição “vitoriano”, que assim viola para uma forte concentração de classe, para explicações, para uma “dedução”, que as invenções que agradam a mentes que sejam sanas, passa pelo senso-comum em se anunciar interpretações dentro da individuação psicótica que cada um traz, tentando esconder “quem se realmente se é”, na intimidade, fazendo o nascimento de imaginações alheias pervertidas, que vão desde a lascividades, para subjetividades prevaricadoras, com compulsões concatenadas com uma maximização mental, embutida totalmente no “simbolismo”.

Simbolismo que não se classifica como Simbologia, pois para cada silogismo que se reinventa, em conseguir a sua aceitação, está uma preconização romântica, para um horror agradável, que realiza nas trevas, um crescimento das vontades, para um atomismo de psicologismo, onde se partícula de repúdio pelo lado obscuro, automaticamente fazendo um incentivo para uma diminuição de fronteiras entre o que se pode fazer perante a legalidade, e uma ilegalidade, que realce a espiritualidade, para combater o crime.

O Demônio em sua camuflada forma de excelente samaritano do caos, faz Deus, um paraquedas para sua inteligência que usa do “discurso funesto de respeito”, para programar sua “inteligência”, que na ignorância humana, coloca seus tentáculos para ultrapassar o “Direito Constitucional”, com um espiritual cheio de marcas de intolerância.

Na relação do “trio antropomórfico” trajado de garçons da insatisfação, está traçado a desfiguração do “humanismo”, que precisa da barbárie, como pacificador, para que as dores da civilização sejam resumidas, a um objetivo de manter a balbúrdia.

Balbúrdia, que revela um “maquiavélico”, “reducionismo” de que a palavra quando é substituída pelo corpo, causa delinquência, de um grito de socorro sufocado na solidão de coesão, que faz uma corrosão, de que o “ser – humano”, precisa ser mimado, para que assim não vire um vingador sem causa definida, diante as injustiças que vai sofrer ao longo de sua vida.

Seja na eugenia em deixar nas profundezas, o que é inóspito, engenhando um legado histórico que para a aparição do herói, se faz a exigência, que o “horrível”, ganhe asas para assim poder, conquistar seu espaço de coadjuvante, quanto aos fracassos, de uma Lei, que não consegue tomar conta de seus tutorandos, e que se faz compactuação com a destruição das liberdades de criação, que trai a si próprio, compondo um caminhar de ameaças, para a não consolidação de caminhos democráticos.

Fustel de Coulanges (1830 – 1889), em a “A Cidade Antiga” (1864), classificou o “agrupamento humano, a uma inteligência obscura que controla seus semelhantes, com ramificação para obtenção de glória, sem respeito entre seus membros”, no tangente de separação entre as intimidades, estando a violência velada, com a anunciação de que para se chegar à instrumentalização do “filosofar”, a crença no justiceiro é muito maior que na justiça formal.

Nesse exemplo, “um contrato social, legitimando a brutalidade contra a psicose coletiva”, arrasta para um a filosofia política “rousseauniana”, enraivecendo diatribes contra uma vilania distante de flexibilidade, no que “pode ser bom naturalmente, e se torna mal, pelo excesso de bondade deixado aos belos e bem nascidos”, assim tanto Oswald como Bruce são frutos de uma burguesia, que anteviu a ideia de perfeição genética, e que assim foram deixados ao descaso em suas carências sentimentais, mas no caso do Pinguim, o “terror de sua face o faz, um bom exemplo de como bullying globalizado”, ainda finge ser uma forma de enturmar o que seja diferente, para não dizer “mascarado de igualdade funesta”.

Dados Técnicos.

Batman: O Retorno.

Filme de 1992, com 2 horas e 06 minutos de duração.
Direção: Tim Burton
Elenco: Michael Keaton, Michelle Pfeiffer, Cristopher Walken, Danny DeVito
Fantasia – Suspense – Ação| Inglaterra – Estados Unidos

Sinopse: Com o objetivo de manipular Gotham City, um milionário (Christopher Walken) tenta transformar o Pinguim (Danny DeVito), um ser deformado que tinha sido abandonado ainda bebê nos esgotos, em prefeito da cidade. Como se isto não bastasse, surge a Mulher-Gato (Michelle Pfeiffer) que, apesar de ser linda e sedutora, também tem dupla personalidade, em razão de problemas no passado. Ambos se tornam verdadeiros pesadelos para Batman no presente.