“E qual seria a relação do Ser Humano com o alimento? Trazer paz ao corpo e a Alma” (Elbert Agostinho).
Os filmes apresentam narrativas que funcionam como metáforas da realidade. Alguns produzem sentidos que nos incomodam de forma potente, entre eles está O Poço (A Plataforma). Dizer que é necessário “ter apetite” para assistir ao filme seria uma piada pronta.
Imaginem uma prisão, onde os detentos tivessem apenas alguns minutos para se alimentar, e as refeições fizessem parte de uma plataforma, onde os que pertencem aos andares mais altos se alimentam melhor, pois o que “sobra” para os andares mais baixos, são apenas restos. Esse é o plano de fundo de uma história que no mínimo leva o telespectador a parar e pensar sobre a vida.
As relações sociais expostas de maneira inteligente, demonstrando a dificuldade de “não saber em que andar estaremos amanhã”.
E tratando-se de uma prisão, a ingenuidade pode matar.
Sem revelar muita coisa, deixo a pergunta:
Se você fosse “convidado” a estar preso, e pudesse escolher um objeto para levar, o que levaria?