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Euro-Cine | O Gabinete do Dr Caligari

O claustrofóbico Caligari, mistura questões de rabiscos estéticos alucinantes nas origens do cinema de horror, com o atrevimento psicanalítico, de balbuciar o constrangimento de não saber, distinguir ao certo, para seu apreciador, o que é memória, do senso de realidade existente.

A trama, recheada de uma cor psicológica lembrando a morte a todos instante, e as incertezas pelas quais a mente humana atravessa, chega a um nicho de neurose, onde o próprio sentimento da história é um resultado doente, a um eterno jogo de xadrez, entre o nocivo e tendencioso caminhar enredo que emerge para as mais absurdas crueldades, como no espaço de prazer no batistério em se quebrar o comportamento, em limites, atemporais trazendo uma lógica de gnose, para que se atreva, a questionar a expressão doentia do sonambulismo.

Na cidade de Holstenwall na Alemanha, onde se desdobra sua semiologia cinematográfica, Caligari (Werner Krauss – 1884 – 1959) age na forma de um personagem a punir a humanidade por seus piores pecados, estando sua conduta dilacerada na “Mise En Scéne” obscura de que lembra o “inferno”, realizando uma recordação histórica de barbárie ao seu lançamento, trazia as marcas da Primeira Guerra Mundial encerrada em 1918.

As fobias, o temor da liberdade, o controle do “eu”, o domínio sobre como a si mesmo, enverga para um campo de análise, de que as correntes filosóficas empírico-mentais, estão esmiuçadas em uma mistura do “existencialismo com o helenismo”, ativando as idéias como uma educação lúdica eficiente, em que cada ser humano experimente o que é sentir livre, contendo um teor consciência filosófica, a liberdade está na procura de uma espiritualidade, que possa chegar a uma ontologia, pelo qual tanto fatores biológicos, como a questão da cura pela medicina, faça entrever artimanhas para que elementos para uma fonoaudiologia da ação sociológica, sem conter os caminhos para hipnose freudiana.

O Doutor Caligari pode ser classificado como um domesticador psicanalítico selvagem que faz de Cesare (konrad Veidt – 1893 – 1943), a desfiguração do humano, colocando a amostra, a verdade atordoada, onde  boa parcela do mundo deseja fazer da realidade, um esmo que para que seus desejos, estejam dentro de uma interpretação da transgressão, de suas vontades, submetendo a uma doutrinação cega, chegando ao pacto fenomenológico de ter toda sua ação, dentro da sociedade, sedimentada ao comando de algum mestre.

Na metáfora do movimento expressionista, que marcou a ascensão do cinema de horror alemão, não estão unicamente o valor as cores fortes e sombrias, e sim uma forte crítica a destruição do “pensar”, levando a natureza humana, a destruição de “pactos hobbesianos”, e também da forma de uma “tabula rasa” (John Locke – 1632 – 1704), onde a mente é submersa em sua constituição idealística de acordo com as provas, de um empirismo que faz da epistemologia psiquiátrica, um “darwinismo” para um sentido de atributo comportamental, estando nas faces da “Modernidade” de quem controla ou de que vai ser o controlador.

A morte da alma subverte o corpo a experiências do que sua face pode conter, diante das doenças mentais, gerar uma linha de montagem de um fanatismo no núcleo de alimentação da felicidade, não passando de uma “misery  scene”, de que tudo esteja tutelado a normas e regras, aos quais  fazem com que sejamos a cada momento, destruídos de nossos verdadeiros desejos, e jogados para uma alucinação preceptora de estarmos na condição de vulneráveis eternamente, não podendo dominar vossos sentimentos, fazendo da dominação algo necessário, para o átrio de construção de inteligência que seja plenamente livre.

Caligari é dentro de visão política, a exumação do “Estado Primitivo”, de uma humanidade que faz da escravização, um aconselhamento eterno, quanto a uma psicologia social, que faça, como que as disputas de poder, tenham vítimas, que nem se querem sabem  o porque são vitimas, transformando-as em cobaias mentis, usando um ethos farmacológico de indulgencias da inanição da moral, em se fazer dialéticas, que envolvam a informação a um senso claro decodificação dos signos de noção da realidade.

“No Existencialismo “a realidade é condição de ter a consciência que o homem está só”, dentro da tradição “camusiana”, as consciências são tolerância de espiritualidades alheias”.

O que Cesare é então?

Um alheio-alienista ou existencialista?

Seja como for, os gestos de crítica quanto a uma condição humana, que vai contra os princípios de defeitos de um desconcertante antropo pluralístico humanista, quanto a uma saúde mental, que possa estar comiserada a não conter, um massivo descontrole quanto à ética de respeito, dentro de um condicionamento psicossexual, sendo o patamar de controle de uma sexualidade desenfreada, entre lutas de gêneros mentais, contendo estereótipos de uma rebeldia, que seja categórica na afronta do que possa ser classificado moral e espiritual.

No amor pela humanidade, está submetido um nível de envenenar, o professorado ideológico de que o ser – humano se encontra sempre, dentro de uma alcova de raiz sentimental, que distorce um plano de absorção do conhecimento com vontades para um delineamento de miserabilidade, quanto a entrever em outros caminhos para uma solidificação do que seja um esmero cunho doentio patológico, quanto às ações de destruição de uma subjetividade clara.

Para o cinema, a sua história representa personagens que estejam submetidos diretamente dentro de cada tomada, de cena, a um clamor artístico metafísico, que faz a sua construção narrativa, interagindo, com clivo de pavor, a uma postura da ignorância em que até a maldade, tem como propósito, estar alavancada aos objetivos ocultos de um alguém que chegue e venha dominar, sua hegemonia, quanto ao que pode ou não ser classificado como certo ou errado.

Não se trata unicamente classificar recursos de filmagens primitivos, que ornamentem uma clara pronuncia do que possa vir a ser considerado como algo anunciativo, na promoção de que há figuras humanas, que estejam com sua base bio antropológica deturpadas por modelos eugênicos de submeter o “bizarro”, como um fundamentalismo político da destruição de arte orgânica, em se promover interesses pessoais aos arquétipos de explanar, novidades quanto a uma metafísica de recordar momentos que estejam sendo produzidos, por mentes que não se dão conta de suas ações reais, dentro do macro tempo.

Caligari, seria uma alegoria moderna de Robert Louis Stevenson (1850 – 1894), em seu “O Médico e o Monstro”(1886), mas que no caso a sua monstruosidade, está na aparência de uma ciência que embeleza seu espaço, como teatralidade do saber intransponível, e que produz uma respiração empírica de amedrontar, ao invés de curar, realizando um viés de doença espiritual, como parte de atribulações no trejeito de evitar um enlouquecimento intelectual, em um mundo que já não tem um claro vetor de que quais preâmbulos métricos estão aspergidos seus níveis de uma didática de importância para o próximo.

No caso Cesare, é apresentação de um “eu”, que está procurando ainda seu próprio “eu”, na alquimia experimental de uma psicanálise que caça nas cavernas da mente, um claro abjeto situacionista, que explique a desfiguração do real, como sintaxe de representação de que o “controle” está na limitação da criatividade, sendo isso uma maravilha ao qual a natureza escolhe seus súditos, na configuração de espreitar preconceitos, contra a submissão de parcelas menos favorecidas ao usufruto de uma ciência que possibilite a valorização da inteligência contra a experiência.

Paul Feyerabend (1924 – 1994), “no cânone da aventura do saber, classifica o saber científico, entre método – experiência – inteligência”, e que dentro do aparelho legal das ciências, tanto formais como do espírito, o método leva a destruição da criatividade, e a uma padronização de mentes, que não venham a serem cíclicas, que não valorizem uma anarquia epistemológica, que possa ultrapassar os limites entre o racional e irracional.

Dentro da psicologia, isso se encontra  nas ações de um terror alado, entre o fantástico e grotesco, o fantástico está em quebrar nuanças de um “saber”, que venha dar conta da ignorância, diante um “grotesco”, em saber e ter conhecimento da ignorância e de se fazer ignorante, tanto como arma para esconder seus defeitos, como também, porque não, como um estilo de vida.

A vida constrói laços de um aperfeiçoamento de movimento, que não basta exclusivamente o sucesso material, ou econômico, para se conservar dentro de planteis, da loquaz, assimilação de fragmentos do que possa vir a dramatizar, um cabido, de sentimentalismo, que promova a inquietação diante a comodidade, em ter “a verdade como aliada”, produzindo uma massificação na formação de conceitos, que preconizem o indivíduo, ao invés do individual.

A cultura do ódio tenha uma tutoria ativa perante os mais fracos, alimentando um dragão psicossomático, de que para a ciência poder chegar a sua substancial ansiedade de ovacionar, a se fazer “nova”, em não se pode levar a par, as emoções que venham tanto anunciarem as virtudes, como também os defeitos, de um “homem”, que foi feito em seus compromissos neurofisiológicos e neuronais como um protótipo de perfeição, ao comando cego de ordens, dentro das mais variadas paixões arbitrárias possíveis.

Usando de dois métodos científicos e filosóficos específicos (empírico e crítico), dentro do campo da linguagem e da linguística, o sistema de comunicação, ao quais seus símbolos de abstração de consciência interpretativa, estão na destruição de sua limitação como “ser pensante”, sendo a personificação dos desejos sádicos de Caligari, e que dentro do empirismo das ciências humanas, eleva o crescimento de um intervir personalista, nas simetrias de conservação a um sentimento de luz, quanto à intervenção de suas experiências a um pensamento construtivista que possa estar dentro de escopos, quanto ao papel do conhecimento quanto à libertação do “ser” em sua quantidade material e em sua qualidade espiritual.

Cesare, não está dentro dos desatinos, de uma conduta que se faça individualista, e também venha a humanizar uma azaração da razão, a uma hipotética e cruel sentimentalização pela qual, “ele” não detenha o controle de seus atos, mas que se esconda dentro das insanidades de Caligari, um comodismo de se considerar fraco em toda a sua essência humana, como sendo cenário perfeito, para o imperativo ideológico de política que está sendo esmerado, como uma nova forma de locomover, um fenótipo filosófico, dentro de uma aventura antropológica em que a natureza humana está passando por constante transformações, mesmo que isso seja para se inferiorizar mentalmente diante sua própria essência em lançar como um conluio entre o que pode ser bom ou ruim.

Não há garantias para o bom ou ruim, sendo que na época de seu lançamento, a cor negra do seu cenário como tom de apresentar o orgulho humano, não como sentimento de instauração do poder de gênero intelectual diante a escuridão da carência ao progresso de esclarecimento, e sim como uma sátira, de que a alegria possa produzir o macabro, dentro de um utensílio comportamental, no cateto, em coadunar a loucura como um fator comum do homem, fazendo a contradição da morte, como uma engorda geocêntrica no clima, pelo qual o conhecimento não pode vir dar garantias, de maravilhas para todos, que se polarizam entre o viver e o querer, no ambiente interno de uma sociologia estilística macabra, que elucida uma sinopse incrédula perante um conhecimento que se possa jogar respeito ao desconhecido, no prelado de orgulho a uma condição humana vegetativa de elaboração do pensamento argumentativo.

Claro que para uma época onde estar “Pinel”, poderia facilmente conter uma alegação de que para chegar ao ponto do real, transcorre uma libertação dos piores instintos humanos, chegando no, conjunto de atitudes educacionais, que fazem um bloqueio de explanar, como o controle da sociedade pode estar sendo dirigido para  o caminho de servidão do conhecimento, perante as causas particulares mais dúbias, fermentando uma pluri dimensionalidade, enquanto a formação de núcleos intelectuais que possam serem livres, no quesito a conter uma fome de aprendizagem em um universo psicológico, que vai sugando, todos os desejos de que a humanidade não possui limites.

Ao experimentar um afastamento da luz, chegando a uma suposição de que o “amor” seja cego, diante do terror, fique claro para a promoção de um cinema que esteja distorcido a um “logos”, quanto a realizar o “bem”, sem conter a necessidade de um enquadramento, que faça uma produção artística, elencando a medicina como um meio de controlar toda uma gleba populacional, e que ao invés da “cura”, projete um horizonte de que a monstruosidade caminhe para uma “melhoria” das condutas interpessoais e pessoais entre os homens.

Condutas essas que são distanciadas por um anseio de que a doença psicopatológicas que Caligari se enquadra, sendo uma praga, de que o conhecimento esteja comiserado nos adornos, de que para um eufemismo de corromper, a atuação médica, como conceitos falaciosos e fantasiosos mas com um pé na realidade, de Mary Shelley (1797 – 1851) “a brincar com a criação evolucionista e divina”, com paralelos de um distanciamento niilista do que seja verdadeiramente, “real”, diante dos orgulhos de uma geração humanista, que lança diante uma Alemanha que caminhava a passos largos para as diabruras do Nazismo, deixando um limiar político zangado, por uma dialética em como se produzir em escala industrial, o trazendo traga um patamar de diversão, mas também a conscientização.

Do ponto de vista a “estética do filme”, Robert Wiene (1873 – 1938), eleva, uma tradição de lançar o irracionalismo, tanto como um corrente de sarcasmo de uma cultura, que transcenda as barreiras psicanalíticas, chegando à elevação da espiritualidade, como forma de expressar as provações humanas, aos seus principados mentais, quanto ao seu protagonismo sociopolítico, ao seu papel, que o, leve para o céu de impossibilidades filosóficas, sendo firmado, a conviverem ao ceticismo, que mesmo a ciência, não produz respostas para todas as suas misérias, mesmo que essas misérias sejam aguerridas internamente, diante a uma subjetividade, que procura sua essência, em sentidos de eloquência, na eterna viagem do que se define como sendo necessário, para que o ser-humano possa compreender o espaço que habita, e de como manipular os múltiplos campos de um “amor”, que vire obsessão nas vantajosas diatribes, beirando o rompimento de um ego, em adornar, o que seja verdadeiro, diante atitudes, precipitadas de mentes, não tão banhadas, pelas balizas de filosóficas, afiadas para o conhecimento irrestrito, mas com atitudes restritas, ao modelo de uma estética de apresentação cinematográfica, o Expressionismo é um alerta para os perigos, de se levar uma sociedade, que promova uma interação social doente, que vai assim eliminando prelados éticos, para a construção de um modelo de homem surdo de se angariar em novos prognósticos, para uma ontologia de esmiuçar caminhos para uma política, que fixa o amor, e que contenha no horror, um caminho para a fabricação de territórios de aventuras mentais, que se elevam para o “esquecimento psico”.

Assim de uma postura, a estudar os transtornos mentais, em labutar, que as aparências de uma consciência demente, também envolvam o saber científico está um sentido lógico de perdão, para se relacionar dentro da apresentação de uma arte que possa organizar um semblante, de distorção quanto o que seja a verdadeira face humana.

Enrubescida, na condução de um “mesmerismo”, que adormecido de uma saúde mental, que force uma comiseração quanto o que se pode conter um rebaixamento do moral, quanto ao espiritual, nos utensílios, outrora que leve Cesare, a conter alguma face de um estoicismo, que não fique preso, a monstruosidade, elevando padrões, para um acobertamento, em que a ciência erra quando, deseja se chegar ao mecanismo sombrio de um controle repleto, de todo seu sistema biopsicossocial.

Sendo assim Caligari, está, dentro de um viés do “Grande Inquisidor Dostoievskiano”, ao qual decide ele mesmo, pelos destinos de todo os seus semelhantes, como uma forma de primazia comportamental, que extenue, nos mais negros, caminhos para uma liberdade de conduta, que não esteja na neurose, de situar meandros, de uma “ação”, compilada pela outorga, de um grunhido existencial, em ensejar à razão, a um cateto de se banhar pela loucura, para se elixir uma intromissão na subjetividade criativa, em torno do que pode ou não abolir, na bondade.

Bondade, que é um guia de destruição, da “emancipação” quanto, a que ponto, pode-se propiciar atributos para se conduzir o “próximo”, diante a ascensão de uma “mitologia”, quanto a uma ética de corresponder para um sacrário de esquemas psicológicos, que busquem na mente propedêutica, algo que não seja “danoso”, quanto as opções em se fazer do “outro” uma aceitação da individuação, e não um campo de domínio tanto espiritual como corporal diante, simetrias de atrocidades de deixar sobre custódia, um orgulho de que para um balanceamento entre atributos de “subjetividade” e “consciência”, muitas da “primeira” pode sublevar perante a “segunda”, deixando um seguimento informativo, de onde um reducionismo de não estar seguro, quanto a um grito, de escancarar as limitações humanas, quanto a elaboração de um aconchego sociológico , que tenha o cheiro por inteiro, de organicidade quanto o que pode, ser classificado como controle de um indivíduo para o outro.

Esse controle individual – mental, que faz dos protagonistas, um delicioso, jugo, de subverter os prodígios, para um acalentado ciclo de terror, que não distorce o “real”, como, questões abstratas, e sim que venham para um nivelamento de empreendimento a lutar contra massificação, quanto a compreensão do que pode estar dentro de uma classificação cinematográfica, enquanto um desleixo, de um grito de terror, ao examinar que o sonambulismo espiritual, elevando para uma dormência dos desejos na ruminação artística, quanto a formar emoções que não estejam a um atrevimento, de produção a manejar um entorpecimento, no nominalismo de uma tessitura, tramitando de um cinema que não se faça surdo, quanto aos horrores, de explanar uma manifestação humana que fique centrada, na alucinação, de que os semelhantes, estejam alguns, na ordem do dia de um discurso de dominação étnica como psicológica, tanto para elaboração de idéias próprias, como na admissão que necessariamente, estar sozinho, é uma condição praticamente impossível, em uma problemática filosófica, de que as recordações, lembranças e pensamentos, em sua amplitudes, estão no cotidiano de um quebra cabeça mental  do “outro”, quanto ao que se pode oferecer para a pessoa, que ainda, há uma alternativa, na sustentação de uma personalidade multiculturalista, mas que não se projeta somente nos “pseudos insights”, quanto ao fanatismo, a uma tísica   “desregulação” quanto ao que compreende a formação das vontades, e que elas estão dentro de uma gênese epistemológica encabeçadas, por uma anseio de poder em contar com a presença, “do outro”, tanto para serem “conduzidas” como para serem “aquecidas” e “merecidas”.

Cesare, é um cabido “theologicus – humanístico”, de como o homem comum, está a mercê de um Estado marcado, pela exasperação alada, de um “maquiavelismo” diante a promoção dos semblantes históricos a encenação, de aglutinar, um mistério, quanto as diretrizes de que até que ponto uma educação propedêutica possa, ser dominada por sistemas de uma metanoia a destruir a compreensão do mundo para uma individuação concisa de pensamento.

Dentro ao um quadro analítico, da Sociologia Política Nicos Poulantzas (1936 – 1979), classifica o “sistema de exclusão, dentro primeiramente, como uma característica ideológica, de aniquilar os princípios marxistas, da dialética de informação”, fazendo assim um Direito Constitucionalista, que todavia, venha a colocar limites quanto a libertação dos mais necessitados, aos auspícios, de uma fenomenologia  psicológica, de refazer a construção do “homem no mundo”, que assim volta aos primitivismo de estar submetido as forças dos objetivos de um “lumpen poder”, que faz uma escravização e deformação de classificação científica,  como flancos naturalistas de estarem, na polarização de uma divisão intelectual, entre derrotados e vencidos.

Dominando uma didática, da narrativa monstruosa, Murnau gera um  grito de liberdade de Cesare, que Caligari em estará um caput existencial cabalístico, como um executor burocrático dos seus desejos mais mórbidos, chegando a uma gama, de trucidar o que seja característico, de alguma fagulha na sua humanidade, sendo um alerta de que a massificação de “idéias e ideais”, pode vim dentro do ciclo de uma medicina, que usa dos princípios “helenísticos”, dentro da “maiêutica”, como uma falácia dos fatores, de um conluio informativo, que estejam banhados na admiração de um labirinto, onde a biologia, nos desatinos,em relação a um trino filosófico – estético “monstruosidade, ociosidade, e senilidade”, esteja a serviço da ambição sem procedentes, que faz um crescimento, de alamar uma integralidade humanística “gramsciana”, de idealismo, quanto ao peristáltico moral afluente, de uma história que sejam movente, de tumores ideológicos, quanto ao controle de uma classe social pela outra, ou de um ser-humano classificando o próximo como um “para-ciclo”  simbiótico de cobaias para os demoníacos entendimentos de  uma inteligência, que somente enxerga o “bem”, em profetizar seus próprios desejos de egoísmo.

Ou seja, Caligari, no Expressionismo Germânico, é a própria expressão de um “mundo”, que perdeu sua virilidade espiritual, passando para uma longevidade anormal, quanto a se relacionar consigo próprio, em torno de um universo, que faz messianismo, promovendo um maneirismo, a distorção de uma simpatia pessoal, por várias tipologias de inteligências.

O Gabinete do Dr Caligari

Filme de 1920, com 1 hora e 17 minutos de duração.
Direção: Robert Wiene
Elenco: Werner Krauss, Conrad Veidt, Friedrich Fehér, Lil Dagover…
Nacionalidade |Alemanha

Sinopse: Francis (Friedrich Feher) e o amigo Alan (Hans Heinrich von Twardowski) visitam o gabinete do Doutor Caligari (Werner Krauss), onde conhecem Cesare (Conrad Veidt), um homem sonâmbulo que diz a Alan que ele morrerá. Assim acontece e Alan acorda morto no dia seguinte, o que faz com que Francis suspeite de Cesare. Francis então começa a espionar o que o sonâmbulo faz com a ajuda da polícia. Para descobrir todos os mistérios, Francis acredita só haver uma solução: adentrar no misterioso gabinete do Doutor Caligari.