A história do inafundável navio que naufragou é trágica. Tudo que é trágico rende histórias com alto poder de venda. Algumas tragédias rendem mais que outras. Umas romantizam, outras tentam atacar de alguma forma.
Hoje vamos lá para 1943, período da Segunda Guerra Mundial. Foi nessa época que a Tobis Productions fez o longa “Titanic”, encomendado pelo Ministro da Propaganda Nazi (Joseph Goebbels).
O objetivo de tal produção não era retratar os eventos da tragédia de forma fiel, mas sim mostrar que o real causador da tragédia foi o capitalismo britânico e americano, além de mostrar que a indústria de cinema alemã era superior aos citados.
E como eles fizeram isso?
Simples. Colocaram na história um fictício personagem.
Sua nacionalidade?
Alemã, é óbvio.
Suas qualidades?
Ombridade, altruísmo e muita bravura para ajudar todos que estavam à bordo, o que era o inverso dos oficiais britânicos.
Mas tudo acontece da seguinte forma. A White Star Line faz o comunicado aos sócios que suas ações estão caindo. O presidente da companhia, J. Bruce Ismay (E.F. Fürbringer), diz que revelará algo muito importante na viagem inaugural do Titanic.
“Caros acionistas. O objetivo da reunião da White Star Line é informá-los sobre a construção do Titanic, o maior e mais luxuoso navio do mundo. Tivemos incidentes e dificuldades inesperadas, os custos da construção subiram mês a mês. Fomos forçados a encurtar nossas finanças ao extremo, pressionar nossos investidores e mais, emprestar quantias substanciais. E como resultado, os preços das ações estão despencando.” – Presidente Star Line – Bruce Ismay.
O segredo era que o navio poderia quebrar o recorde de velocidade e ganhar a Flâmula Azul, fazendo com que o valor de suas ações subisse no mercado.
Peterson (Hans Nielsen), o Primeiro Oficial, que é o alemão citado, implora aos insensíveis proprietários que diminuam a velocidade, mas eles se recusam e o Titanic bate em um iceberg e afunda.
Todo mundo da primeira classe age como animais covardes. Mas Peterson e alguns outros passageiros alemães da terceira classe são mostrados como heróis, tentando fazer o bem no meio da tragédia.
No final um inquérito é aberto, Peterson testemunha contra Ismay, mas ele fica livre, sendo que a culpa é colocada em cima do falecido Capitão Smith.
Pensa que acabou???
Um epílogo ainda afirma que: “as mortes de 1500 pessoas permanecem irreparadas, graças a incansável busca pelo lucro da Inglaterra.”
O controverso longa ainda teria um final trágico na vida real. O diretor foi Herbert Selpin, mas ele foi preso durante a produção após falar contra o regina nazista. Posteriormente foi encontrado enforcado na prisão, tendo sua morte divulgada como suicídio, mas acredita-se que ele tenha sido assassinado.
O filme acabará de ser dirigido por Werner Klingler, que não teve o seu nome creditado.
O longa foi transmitido em parte da Europa e em alguns teatros, sendo retirado de circulação por ordem do próprio Goebbels.
Fontes: The Telegrafh, Wikipedia e IMDb.
Imagens retiras do filme que se encontra disponível no Youtube. Deixarei com você um pouco abaixo o longa na íntegra.
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