Para essa questão, duas respostas são válidas: não e talvez.
Como assim?
É fácil. Tu conhece Bukowski? Já leu sobre ele? Não? Só se interessou pela premissa do filme e resolveu procurar alguma análise antes? Então, meu amigo, cai fora.
É, cai fora. Simples assim. Pra você o filme será lento, cansativo e sem muito sentido.
Não tenho muito mais o que dizer, o filme é para quem já conhece as obras do velho safado.
Então entra a segunda resposta.
Imagino que você tenha vindo até aqui pois leu Factótum e tem desejo de saber como foi a adaptação para os cinemas, correto?
Então, sendo bem sincero, falta muito para o filme ter o mesmo nível do livro.
O diretor Bent Hamer até que tentou, inseriu uns porres aqui, uma demissões ali… mas, mesmo assim, é tudo muito certinho, o Chinaski está lá em alguns empregos e só.
Sim, de certa forma o livro também é assim. Chinaski é contratado e demitido com uma velocidade absurda, mas na obra cinematográfica não cai bem, falta riqueza de detalhes.
Matt Dillon até que faz um bom Chinaski. Sem grandes pretensões, assim como o original.
Aliás. Esse é o melhor resumo da obra: “sem grandes pretensões”. Falta sexo, bebedeira, palavrão, profundidade, falta BUKOWSKI.
As frases de efeito estão lá. São jogadas ao vento, algumas até em horas desnecessárias. O que não está lá é aquela Los Angeles caótica do período da Segunda Guerra Mundial.
Por isso que eu deixo o meu “talvez” para você que conhece o velho Buk. Mas é um talvez puxado pro não, só se transforma em sim se você já tiver visto tudo do mundo que cerca o velho safado, se não, não!
Não deixe de conferir.
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