O longa do Coringa estreou. Alguns relatos de confusões já são vistos pela internet, nos EUA policiais foram preparados para possíveis tiroteios, no meio de tudo isso uma dúvida surge. Devo ou não assistir o filme do Coringa?
Para essa pergunta, não basta um simples sim ou não. Esqueçamos os causadores de confusões. Aqui é preciso saber seu gosto. Sua saúde mental como anda. Não deixar se levar pelas críticas ou por uma idolatria exagerada perante o filme.
Tá, mas o filme é bom?
Depende. Usarei para essa explicação um momento que o Arthur/Coringa diz que é o público que julga se acha algo engraçado ou não. É esse mesmo público (você) que julga se acha o filme bom ou ruim.
Mas existem alguns gatilhos mentais que não devem ser disparados. Se você é uma pessoa que sofre com algum tipo de ansiedade, se você é sensível, eu, sinceramente, não recomendo que assista.
Arthur sofre de uma doença que o faz rir descontroladamente, principalmente quando ele é humilhado. Isso, por si só, já é angustiante. Mas, se o personagem fosse humilhado vez ou outra, até suportaríamos, o problema são os recorrentes acontecimentos.
O já problemático sujeito é agredido, humilhado defronte ao público, seu porto seguro é sua mãe, mas eles vivem em condições deploráveis.
Todas essas cenas, para quem tem algum tipo de problema psicológico, é ruim. Mas, além de tudo isso, Arthur virando Coringa, traz mais problemas, principalmente assassinatos impactantes. Dois visualmente falando, um, emocionalmente.
Como um todo, o filme para você, que sofre com algum problema, em nada lhe fará bem.
Já para você que está em dúvida mesmo assim. Posso dizer que irá ver um ser humano, com alguns defeitos, mas com força de vontade. Verá um humano ser vítima do sistema, sentirá repulsa em vários momentos. A melancolia do longa lhe absorverá desde o início.
Não existem piadas. Não existe romance. Não existe nada além de um personagem em declínio que, sem ajuda de ninguém, sucumbe perante ao mundo devastador e cruel.
O Coringa de Joaquin Phoenix não é um personagem de quadrinho. Longe disso, aqui também não existem planos mirabolantes, não existe Batman, não existe nada. Apenas um homem, vivendo eternamente o mesmo dia, aquele mesmo dia desgraçado.
E se você me perguntar o que me leva escrever um texto, falando para pessoas que sofrem com algo não irem assistir o longa. Lhe respondo. Tenho um familiar com ansiedade que já sofreu com depressão e com a síndrome do pânico. Existem vários gatilhos que evitamos para que essa síndrome não volte, um deles é evitar com que ela assista alguns tipos de filmes. O Coringa se encaixa nesse perfil.
No restante, se você não sofre com nada, vá e seja feliz… ou não.
Não deixe de conferir.
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