Hoje (19/06/2019) faleceu Rubens Ewald Filho. Eu não cheguei vê-lo pessoalmente, mas trocamos várias mensagens. Ele acabou concedendo uma entrevista pra gente na época (25/07/2016). Época essa em que nenhuma pessoa do meio parava para falar conosco.
Hoje ele se foi. Eu não o conheci pessoalmente, mas acabei me sentindo estranho.
Bom, não sei exatamente o sentimento que predomina em meu ser nesse momento. Tenho 25 e plena consciência de que um dia também morrerei. Tem dias que imagino o dia da minha morte. Imagino um mundo que não estarei. Tudo continua normalmente, algumas pessoas sofrem no começo, depois a vida segue. Dentro de algumas décadas nem sinal de que um dia eu passei por aqui existirá.
É muito estranho pensar nisso e toda vez que me transporto para o dia da minha morte, me sinto mal.
Por outro lado, não saberei que estou morto. Isso é confuso, não deveria sentir-me triste por morrer, afinal, quando isso acontecer eu não saberei.
Novamente. Tudo isso é muito estranho.
Mas, sabendo de antemão que a vida é assim mesmo e, tendo consciência disso, sua vida se torna melhor e pior. Pior pelo que já expliquei, melhor por poder aproveitar alguns momentos e dizer não em outros. Ter consciência que o tempo é findável é uma dádiva.
Rubens não teve uma vida fácil, sua infância foi bem complicada, como ele mesmo nos contou, agora no final da carreira fez um comentário infeliz no Óscar (2018) e, com o público sedento por sangue, foi mandado embora.
Cometeu erros e acertos. Fez sucesso em seu trabalho, viveu fazendo o que gostava. Tudo bem, ele merecia mais respeito em seu final, mas não vivemos em um mundo justo. O que sabemos é que o tempo chegou para ele, assim como chegará para você e para esse que escreve do outro lado… ter consciência que o tempo é findável é uma dádiva.
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