Barfly – Condenados Pelo Vício é um filme de 1987, o longa conta a história de Chinaski (alter-ego de Bukowski) um promissor escritor que vive se embebedando e entrando em brigas.
O filme é para quem gosta do estilo do velho Buk, então, o post é basicamente para esse nicho de fãs.
Divirta-se com as curiosidades.
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O apartamento de Wanda no filme foi um apartamento onde o próprio Bukowski morou na vida real. Ninguém sabia do fato, até que Bukowski se lembrou ao assistir as filmagens.
“Na verdade, trinta anos atrás eu tinha morado por pouco tempo naquele mesmo prédio na Rua Alvorado, com a dona sobre a qual escrevera o argumento. Era de fato estranho e arrepiante. Tudo que passa, volta. De uma maneira ou de outra. E trinta anos depois, o lugar parecia mais ou menos o mesmo. Só as pessoas que eu conhecera tinham todas morrido. A dona morrera três décadas atrás, e ali estava eu sentado, tomando uma bebida naquele mesmo prédio cheio de câmeras e som e técnicos.” – Pg 242, Hollywood.
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Charles Bukowski fez uma breve aparição no filme, não teve falas, apenas uma câmera passando por ele…
Essa cena ocorreu logo no início, quando Chinaski conhece Wanda no bar.
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A “cena das pernas” foi uma exigência da atriz Faye Dunaway.
“(…) também quer uma cena que exiba as pernas. As pernas dela são sensacionais.” – Pg 207, Hollywood.
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Segundo Bukowski, escrever as brigas entre os vizinhos foi a parte mais legal de se fazer.
“Pinchot me pedira para escrever diálogos de pessoas brigando do outro lado das paredes e eu lhe dera várias páginas. Basicamente, essa fora a parte mais gostosa da criação do argumento.” – Pg 241, Hollywood.
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As brigas entre garçons e bebuns terminavam quando alguém ficava largado no chão, se esse alguém não fosse “do time dos garçons” era deixado lá no meio do lixo. Igualzinho na primeira cena de briga entre eles.
“Uma manhã, fui acordado pelo barulho de uma buzina e os faróis de um caminhão em cima de mim. Era o caminhão do lixo. (…) E o pior, ao recuperar a consciência no chão entre as latas de lixo, dolorido demais para mover mas sabendo que teria de fazê-lo, o pior de tudo era a ideia: aposto que minha carteira desapareceu de novo…
A gente faz um jogo. Tenta sentir a pressão da carteira contra o rabo sem apalpá-lo. A sensação é de vazio lá atrás. A gente na verdade não deseja passar a mão, mas passa. E a carteira jamais está lá. Então a gente consegue se levantar e procura em todos os bolsos: nada de carteira, nunca.” – Pg 275, Hollywood.
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Não deixe de conferir.
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