O filme Brilho da Vida representa a busca de sentidos para uma organização moral que esteja em sintonia entre o que pode ser considerado filosófico e de certa maneira, uma lição da dialética existencial, focada a uma condição mental, de insatisfação com a realidade.
Uma realidade que se apresenta, no temor de uma fuga, dos desatinos divinos, comiserados a um contrapeso de unir carinho, com respeito pelo próximo, ao plano do “gostar”, sem precisar necessariamente se apegar.
Um apego, que segundo o terapeuta britânico John Bowlby (1907 – 1990) “se controla, no caminhar de lutar, contra a responsabilidade em tomar conta da própria vida”.
Uma vida sem apego, mas que venha a respeitar o caminho que cada um traça, a um ambiente resguardado pela imaturidade social do garoto órfão, que sofre com descaso dos amigos de internato, e também na segurança, que venha transformar moralidade em respeito,
Uma moralidade, de vida campestre que venha revelar a magnitude de bons prazeres, que procura provar a vida como uma forma de adequar a simetria de integrar a deficiência, com consciência, realizando elementos históricos, entre uma “verdade”, que não possa ser fabricada, sim que em cada Sinergia, deixe de lado plumas, a uma antropologia de metafísica, do abstrato na supervisão em zelar pelos que tem necessidade, em conter “alguém” para se inspirar, e até mesmo copiar.
Santo Agostinho (354 – 430) confabula a “simplicidade do brilho de Deus, escurecendo as obras do Diabo”, mas o que devemos angariar como sendo obra do maligno, quando nós próprios?
Começamos uma arquitetura, entre “norma” e a descaracterização, de um conselho de faculdades mentais, que fazem primórdios, na poética de elucidação dos que menos dependem da ostentação, para os que propiciam um cunho a estar sempre diante das falácias, de uma caridade no apoio mental e social, que praticamente preconizam o desvio de vértices para uma filosofia social atuante clara.
O espaço atitudinal, entra em conflito com a escravidão, a uma organização, de ultraje, a um primado “marxista”, resistindo na figura de um lavrador, com suas subsistências criações idílicas, que busca no freqüente saudosismo, um descompromisso do cotidiano, implacável de neuroses, a se espalharem constantemente, a uma metáfora com “os quatros elementos da natureza, base do pensamento intelectual dos pré-socráticos”.
Vejamos a “Terra”: estática, mas que dá frutos, sendo eles podres ou saudáveis, mas é a alimentação da ignorância diária, nos curvarmos e servimos o manjar da indiferença para a maioria das pessoas.
“Fogo”, queima destrói, mas destruir o que nunca existiu fica difícil de se repetir, nas incongruências de um pensamento lúdico, que leve em conta que praticamente as ideias, estão entrelaçadas no cunho em fazer entender o interlocutor, que as excepcionalidades são fatores muitas vezes, de uma assimilação a comunicação no teor, em como promover uma constituição, de provas psicológicas a estarem presentes perante, todos os caminhos de construções humanas eloquentes.
A “Água”, que espalha e dissolve, onde suas moléculas podem serem angariadas, nas divisões comportamentais do individuo que residem, na carência a conter uma edificação moral, que não venha produzir nocivos, caminhos para o diâmetro, de superação do silogismo escrachado, aos firmamentos filosóficos que não propiciem um psiquismo, de todos sentirem no mesmo esplendor de integralidade emocional, uma fagulha de vontade própria perante o “diferente – deficiente”.
O “Ar”, que faz a mente funcionar, não de maneira neurobiológica, e sim que lute contra a ignorância dos prazeres, eliminando um esteio de aspirar, um cancro de gnose, em relação ao saber, que componha um sonambulismo, para boas obras, que não estejam projetadas na relação entre dominador e dominante.
Silencio contra a ideologia a uma visão de mundo, feita por um garoto com dificuldades de comunicação, com uma mãe que exala o cheiro angelical das ninfas, que venha promulgar a timidez da razão crescida e amadurecida, em um pai contendo a solidez da libido, lutando contra um franciscano sentimento, em querer ser bom demais a produzir em escala geométrica o preconceito do homem rude do campo, impregnado pelo imaginário popular.
A terra dos Celtas oferece um sentimento para Tomas (John Bell (II) – 1997) protagonista principal da trama, um sentimento para ovacionar o sentido de sua existência que não seja somente alcunhado pela inferioridade, e sim para um posteriori, ultimato de “cultura pop”, a caminhar sozinho, mas que isso não significa ficar em uma redoma de vidro, todavia, a um cunho artificial-moral de Ingmar Bergman (1918 – 2007), ao qual a solidão é um objeto de interpretação, projetivo, para dominar o utensílio psicológico, pelo qual a vida debilita lentamente aos que não se colocam a mercê da morte, para sobrepujar uma vida de atrativos, no qual o material e o espiritual, são tabuleiros distintos, da poética de auto-realização para uma filosofia a burlar, uma tomada de hipóteses, de um cinema que possa sensibilizar os que não precisam serem sensibilizados.
Adornar, a artimanha de uma explosão, da ontogênese do nunca!
O nunca não é algo que Alec personagem de Aidan Quinn (1960), transparece não estar preparado, em se formar homem somente com patamar da eugenia, elevando a semiologia, para a guerra de debates, do que seria um sentimento de frustração masculina, perante a fragilidade do “menino”, que se enxerga incompreendido, no submundo do inconsciente, de não entrever a questão da libido machista, para um conglomerado em outorgar ao filho, uma humanização que não seja somente pelo trauma de uma adoção, ao qual o carinho em demasia. Possa dissolver uma “kalós” de moral, do descaso da benevolência paterna, provocando o caminhar de si próprio da criança, admitindo uma vilania de sair do senso – comum, com um ubérrimo, a negligenciar o afeto como uma maneira de melhoramentos da condição humana.
Hannah Arendt (1906 – 1975), em sua “conceituação do amor do próprio Santo Agostinho”, preconiza uma ética em que o próprio amor, é uma ruptura da realidade, levando a submissão constante de um ser – humano por outro.
Arthur Schopenhauer (1788 – 1860), “as vontades como um pulsão de vida e morte”, para uma arte de condução intelectual, que cresça no elixir, a um namoro com a vida, uma ipseidade de prodígios a uma explosão individual, de comprometimentos a um protagonismo argumentativo, entre corpo, mente, e sentir e prevenir.
A deficiência, não é defeito, a ser procrastinado como um dogma, da sujeição eterna do indivíduo, que angaria transcender, a realidade material, para um atributo de conhecimento que contenha a audácia exclusiva de criar uma ilusão temporária para as pessoas.
A arte em transpassar setores entre o infinito de uma cadência em evitar vexatórios calibres mentais do vício de vim a ser politicamente correto contra um sentimento de escassez, a uma igualdade que possa conter um bosque neuropsicológico em prover a necessidade de Tomas a chamar um alerta para a humanidade de que o corpo exaure um bendito de distanciamento do real, para um substrato de humanidade, ao qual uma “para-religião”, usufrui da fé de elevação para a celeuma de discurso intelectual, rechaçado, tanto na moral do bem querer, como também ao alaúde do preconceito como arma para constituição de um sujeito que seja ao mesmo tempo lúdico, mas também que transcorra de forma inconsciente, um expediente de fuga a uma biologia mental que esteja molestada por sentimento de indiferença.
No caso do papel Connie Nielsen (1965) Marie, seu papel é um espectro da liberação feminina em tomar decisões em relação a sua maternidade, a uma cidadania, que venha também a conceder preâmbulos para uma paternidade ao qual Alec, ainda é um esmero vazio, de uma cultura rude, característica de regiões afastadas dos grandes centros hiper-geográficos, voltada para o desbravo de terras férteis, mas devastadas de um sentimento de moral, na integração entre homem, natureza e sentimento.
A mentalidade de um condicionamento de intelectualidade, concedida por uma sociologia do conhecimento, que exaspera dentro a um funcionalismo lógico, em elevar para um objeto de informação polivalente, um “brilho idealístico”, com um sotaque a Gilberto Freyre (1900- 1987) “que não há um único sentido do homem, formar outro homem, do fator de definição genético, e sim uma sintonia de elevar o valor humanístico de cada indivíduo”.
Entre a questão da individuação, a admissão, para combater um cancro, amiúde a desfiguração da capacidade física, frente a um “shakespeariano” desejo de estar adocicado com o desejo tanto em propiciar carinho, como a receber carinho.
Uma humanização paliativa, vilipendiada, na semântica de um “cuidado para morte, como preparo para a vida”, segundo as palavras de Elisabeth Kubler Ross (1926 – 2004), algo que o pequenino Tomas, aprende a duras penas, em que a lacuna de um sentimento de proteção, promove uma prosódia para de anunciação catártica a sustentação devastadora, de promoção de não estar submetida a solidão.
A rigidez da “falta”, idolatra uma presença sem esperança, apenas pela levitação, de células de condutas que não deem um lugar para outras lacunas existenciais, com buracos de engenharia psicológica do bem, sem ter a necessidade do usufruto do mal.
Para se chegar diversão do mal, o cinema se utiliza das misérias promovidas incessantemente, pelo “Canho do Pé Preto”, sem enxofre, mas contendo os feromônios azedumes da hipocrisia, em antecipar o julgamento dos que não conseguem julgar.
“A irracionalidade da psicopatologia, de uma civilidade sem valor de filosofia social”, as palavras de Umberto Eco (1932 – 2016), ativam um hormônio transpessoal para intransigência, de organicidade da compaixão, a uma cultura do amparar sem se rebaixar.
O rebaixo de Tomas é fruto de um modelo biomédico, a não levar em conta suas habilidades cognitivas, fazendo do “olho humano”, uma fábrica em série de preconceitos, que concorra, a ética de sintagmas para a excelência de um conhecimento “desconstrutivo”, tanto para a audácia a chamar a atenção em todo momento, como para uma teoria do “poder de classes sociais múltiplas”, como na perfeita saúde, e capacidade renovação em inserção em salientes grupos sociais, ou também ao próprio rebaixamento de um “darwinismo”, do flagelo existencial do gostar ou não gostar.
O “gostar”, nas palavras do pensador marxista italiano Galvano Della Volpe (1895 – 1968), encontra um princípio de esteta a resistência do senso-comum, para a “agraciação”, de um conhecimento que faça a “arte da guerra”, em viver com estratégias mnemônicas, para a aniquilação de dicotomias, entre o sentimento e o entendimento admoestado, na extravagância sem a ganância, a uma física social, que não esteja germinado ao positivismo de um projeto de vida, disseminada por influencias externas da mente, no simulacro de lastro comportamental não contendo o intelectual.
Alec é um exemplo do xucro intelectual, do vicio silencioso com virtude para a locução de células da massificação para a institucionalização de um signo letárgico a uma psicologia da inteligência, que não contenha a rigidez de cobrar, postulados, na limitação de um endurecimento, a uma autofagia da ataraxia a apresentar uma penumbra de saber, perante os tentáculos da miserabilidade propedêutica.
Uma desmistificação da conduta humana caracteriza Tomas, com um sentimento de transfiguração do “eu” que esteja auspiciada para o viés psicanalítico que organize uma bagatela de cultura em que não possa haver a indiferença, mas um sentimento de espelhar uma humanidade que sobrevive em torno do âmbito de imoralidade organizada com o cálice da igualdade para uma conjunção de classe, feita por testes mentais que são clicadas a cada instante pela sociedade, dentro de uma filosofia a fazer do cinema, um novo mito entre estar acostumado, com a inteligência sadia e mesquinha de uma falsa mentalidade cíclica, em um caminhar, de humanização, para uma psicologia social, que utilize da “sétima arte” com um semblante a fugas a um olhar carrancudo, perante o que possa vim a ser considerado como diferente.
Diferente não se trata a uma interjeição para um “turismo de humanidade” que projetada à imagem, de um escasso translado da vontade contra insurreição do senso comum, que enxerga tudo no jogo sentimental entre o real e o abstrato, para uma “dialética lacaniana” ao qual a personagem de Connie Nielsen, é um arquétipo da “devoção cristã Irlandesa”, para um brilho amargo de estar subjugada a princípios fundamentais de um machismo que não venha perturbar a natureza humana com um clivo de neuroses, para aceitação do que seja diferente, sem flexionar um cabido de intelectualidade que componha o carinho, com uma pitada de agraciar uma fraternidade considerável, para a construção de um homem, distante de características rústicas e autoritárias como é a imagem que Aidan Quinn transparece.
A não diferenciação da imagem do medo eleva um prognóstico de que a atenção se faz por meio de uma “filosofia da diferença”, usando dos preceitos de Gilles Gaston Granger (1920 – 2016), que através do instante ininterrupto da promulgação para uma intelectualidade que possa ver na referencia de um “ser – especial”, que contenha uma “daseinanalyse” clara, mas também se preocupe em dar evasão para sua subjetividade que esteja entorpecida pelo temor em ver o “outro como uma ameaça constante”.
“Nesse caso seu pai adotivo, disputa dentro de um elo ódio “frio” a atenção da esposa, e concomitantemente está com um empirismo, venenoso, a uma ontologia do “eu”, para o hipotético caminhar de que para formação de homens é necessário sempre uma concorrência desleal entre seus pares.
A fé para um crescimento, sem rompimento do ecstasy de loucura, é um flanco sombrio de fermentar o beijo escurecido da maldade, que retira a vida, de sua vida, de gritaria imoral, que procura na perfeição, um passo de humanidade para o que está distante da caridade.
Caridade essa que o cinema coloca constantemente, para um artífice de que a adoção seja um sinal do medo da solidão que cada ser humano vive com passar dos anos.
Implicitamente ocorre uma redação de tombadilhos morais ao qual a dificuldade de comunicação contrapõe para uma felonia de falsa felicidade, que agoniza com a criticidade, e faz refém um abuso sádico, de equilíbrio da beleza, com escatologia, de um punhado de luz, que venha combater hierarquias de um sofrimento psíquico, pelo qual a pessoa que possui algum tipo de mal psicológico, ou deficiência física, se encontra que diante de suas dificuldades, ocorre um estereótipo de um discurso, a certames para elaboração de uma psicologia que possa angariar a igualdade de tratamento interpessoal em um primeiro momento de contato entre as pessoas.
Não se trata exclusivamente da construção de pronuncio a compaixão ou pena das pessoas, e sim a incentivar, uma admissão de que para a efetivação de uma adoção que se distancie das marcas da rejeição do abandono e de privação do escutar do mundo, é necessária uma memória, que discorra, a cada segundo, de suas armadilhas preconceituosas da sabedoria plena e da conduta abissal, no comprometimento de haver julgamento entre o que a captação de luz da retina passando pelo cristalino, eleve a formação de imagens mentais, de uma bioquímica de osmose de inferioridade das pessoas que passam por algum tipo dificuldade de socialização.
Jorge Luis Borges (1899 – 1986) enfatizou “a memória, como paradoxo da integração humana”, enquanto alguns constroem suas próprias faculdades mentais, há aqueles que precisam de impulso irrisório, a promoção de uma integralidade entre o dever e o fazer.
As mantras do dever, estão muitas vezes sustentadas pela promoção de uma falsa ética, que tenta realizar uma igualdade, de uma fazer, contendo a filologia da obrigação humana, perante os mais carentes.
Não seria de certo ponto de vista, carência de uma obrigação para despertar os desejos a ações mais humanizadas de cada ser humano?
Então como haver um sentimento de bem-estar sem haver a objetividade de um olhar duro, de inferiorização do sadio para o “doente”?
A imaginação cinematográfica idealiza uma pessoa com necessidades especiais, em um sentimento de sindicalizar a expressão do que são esquecidos, por um capitalismo que se faz jovial, mas deixa um pólen amargo de um namoro intrépido, com a integralidade para uma teatralidade de educação, que universaliza um sal de arrependimentos, entre o amor, e o tédio para um cunho, sem baluarte de preceitos para uma moral, entre o que seja certo a se realizar, perante os que necessitam de uma atenção maior, sem ter o pior, de querer inconscientemente ajudar, para um desagrado, de dançar um fardo de aniquilação em levar censuras, para o que fizer de errado, sem conter a síndrome do “coitadinho”, como exemplo de proliferação da segregação a um modelo de pessoas normais e anormais.
Ralph Macchio (1961), em “Os Três Desejos de Billy Grier” (1984), é um exemplo da luta pela aceitação para aqueles que venham, renegar seu estado patológico de necessidades especiais, como também transgride dentro de sua interpretação de um adolescente que contém uma síndrome rara de envelhecimento precoce, que muitas vezes venham a sensibilizarem os mecanismos de micro-expressões faciais, mas que por dentro, ocorre um nostálgico atrevimento de uma individuação da falsa compaixão, caracterizada pelo assassínio constante em se tratar o doente dentro de sua integralidade, biopsicossocial retratando a questão da aceitação do paciente, quando esse é reconhecido, por um aspecto de sua natureza estética, que submete a um afastamento de princípios de comungar que a definhação do corpo é inevitável, mas doença vem com sentimento de destruição da integralidade entre o enfermo e a sociedade.
Para um sentimento de contrato social, moral há uma anfibologia entre os direitos e deveres, que submete um campo analítico, de asserções de uma filosofia entre o tentar parecer mais forte possível, como também até que ponto uma drogadição, possa promover uma semiologia de combater o princípio de uma alienação, diante o que pode não vim a ser considerado como um estruturalismo, entre a palavra de conforto e a discriminação perante saúde, que prega um andrajo de perfeição do paciente, em que tudo possa a ser resolvido não apenas com diálogo, mas como também a um sentido de fuga da realidade, para o estandarte de coibir aporias que promovam a destruição do indivíduo em seus aspetos biológicos, como sociais.
O sarcasmo de Aidan Quinn faz um contra balancete principiado entre aceitação das limitações, mas também a combater o liame, de uma apatia mental, que faça sufixos, tanto para o fortalecimento da moral homem rude, contra um enquadramento de espaço ambiental que venham, a destruir cartasis, para uma conversão diversificada de paralelos discursivos, que estejam pautados para uma “arte” que sensibilize, mas que venha dentro dos pressupostos “hegelianos”, do ideal da estética, que vê há a provocar lutas contra um cabido de toque da inteligência maligna, de um afastamento da parcimônia, entre a carência de conter graça para aclamar a desgraça, bem como, a um caminho de produções mentais que possam atrever uma fuga de travessuras, aos vícios, substanciados do atomismo de diminuição integral do “espírito” daqueles que venham explanar, depurações aos desatinos, de uma valorização sem resquícios do amor entre as pessoas.
O Brilho da Vida é uma forma de elevar um espaço geográfico, que se faz uma travessia cinematográfica, a uma expressão psicológica, que chantageia o senso comum da pobreza, que em lugares remotos,ofereça a oportunidade de aglomerado, dos prelados, ao domínio, a uma dialética de comparecimentos na escuridão de domínios, para uma substância da qual a beleza, de um traquejo filosófico, que organize uma filosofia de vida, que jogue tanto com as dificuldades biológicas bem como as psicossociais.
Ao romantismo de Tomas, de se deliciar com as paisagens dantescas do litoral da Irlanda, está um replicante caminho para uma razão de viver, que contenha tanto a dureza do homem campo, se unindo com a brandura do homem interiorano, e a versatilidade da pós-modernidade, que não se fixa em nenhuma territorialidade, que seja auspiciado na “aposta pascaliana”, apostando que Deus capacita alguns poucos filhos, e o restante é fruto do pecado original.
O menino excepcional é um novo caminho, para confluir, o que seja certo ou errado, e assim o “brilho da vida”, se constitui, como um sujeito ativo independente, ao qual alimenta uma devassidão da especulação, de conter o ente de uma lógica argumentativa, que faça atos comportamentais, que não fique unicamente a compreensão fenomenológica do próximo, e sim a uma dádiva de verificação intelectual, entre aceitação das limitações, e impulso para a incentivação a locomoção da inteligência, como um cunho de se distanciar de um animalesco declínio de civilidade e respeito, pelo “diferente – infante”.
Dados Técnicos.
O Brilho da Vida.
Filme de 2009, com 1 hora e 40 minutos de duração.
Direção: Vic Sarin.
Elenco: Connie Nielsen, Aidan Quinn, John Bell (II)
Drama | Canadá – Irlanda.
Sinopse: O casal Marie (Connie Nielsen) e Alec (Aidan Quinn) decide adotar o pequeno Tomas (John Bell), um garoto tímido e com dificuldades de inserção social. Eles levam o filho para o litoral da Inglaterra, onde ele aprende aos poucos a lidar com a natureza e com os outros garotos de sua idade. No entanto, embora Marie seja caridosa e paciente, Alec não consegue esconder a decepção de ter adotado um menino tão introspectivo. A vida de Tomas muda no momento em que ele encontra uma foca em perigo, e tem a oportunidade de salvá-la.