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Dez meses depois de assistir ao filme Pantera Negra… A que conclusões chegamos?

Espaçonaves esbanjando tecnologia, cenário futurístico, algo que ninguém nunca viu (ou não queriam enxergar?). Isso porque estou falando apenas do início do trailer… Mas, mudando o ângulo da conversa, proponho: Você já viu o filme do Pantera Negra? Vou mudar a perspectiva: Você, de repente, já leu alguma história em quadrinhos do Pantera? Tudo bem, serei menos exigente… Você já ouviu falar no Pantera Negra? Então, tá…

Não vou contar o filme neste momento (talvez depois…se você me procurar… podemos conversar), a questão aqui é falar sobre essa realidade fictícia (e porque não é real?), de um remoto lugar, entre os vários países africanos, que não teve a presença (ou talvez infecção) do pessoal que veio da Europa. Então, imagine um espaço, que se desenvolveu, que se organizou, que cresceu e amadureceu sem a tutela de nenhuma metrópole extraindo seus bens mais preciosos… Imaginou? Esse lugar se chama Wakanda.

Ah… E porque não falar da peculiaridade desse tal super-herói? Nosso imaginário já tem um repertório muito singular do que é um super-herói. Existem aqueles que são ricos (talvez isso seja um poder), existem outros que caem do céu e resolvem salvar os frágeis seres humanos, do mal que surge no mundo (porque eles sempre caem em Nova York? ou Smallville?), e ainda tem aqueles que são picados por insetos (e só adquirem as características boas) mas, esse tal de Pantera é um rei, e independente desse título, ele tem que passar por uma série de rituais para tornar-se super-herói.

O primeiro é uma luta épica entre diferentes indivíduos da família real (é, deixa eu te contar, existiam famílias reais no continente africano), e o segundo, é ter contato com sua ancestralidade, ou seja, você reconhecer de onde vem e quem você é…

Nesse sentido, existe uma série de pessoas que não entenderam o filme (você acredita nisso?), mas, eu preciso te falar que talvez, sejam pessoas que também não sabiam que África é um continente, que inclusive o Egito fica lá (Isso você sabia né?).

Por tudo isso, e algumas outras coisas que não estão nesse texto, existe uma importância enorme de Pantera Negra ter inundado os cinemas do mundo (ultrapassando até a bilheteria de Titanic), não há preço no exercício de se ver representado nas telas, de ver bonecos negros nas lojas de brinquedos, e de poder comprar camisas desse grande herói (eu por enquanto tenho apenas duas…).

A grande sacada é perceber que antes desse filme tudo era diferente… E que a partir de estratégias cinematográficas como essa, que possamos refletir sobre a ausência de homens e mulheres negras no cinema, tv, teatro, quadrinhos… E para não ficar sozinho nessa defesa do filme, trago aqui um pequeno depoimento de Will Smith (aquele que fez Um Maluco no Pedaço, lembra?)

“Vocês desafiaram, e potencialmente superaram vários falsos paradigmas e crenças de Hollywood. Eu só quero dizer parabéns a vocês. Estou orgulhoso, animado” (Will Smith)

Então, meus caros… Se Wakanda existe… Que seja para sempre…

Não deixe de conferir.

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