Dizem que quando uma população chega ao auge ela mesmo se destrói. Estamos longe do auge, não creio que chegaremos lá. Vamos nos matar antes.
Mas qual a razão de comparar uma série de ficção com um filme de animação sobre a Segunda Guerra Mundial?
A desgraça em si.
Black Mirror mostra um futuro dominado pela tecnologia, onde, em grande parte, os episódios mostram o pior lado do ser humano. Não importa se tem muito ou pouco dinheiro, ele sempre se corrompe, sempre causa intrigas e mortes.
Túmulo dos Vagalumes mostra o cenário devastador de uma guerra. Pessoas brigando por causa de comida, profunda miséria entre os cidadãos. Cada um brigando pelo próprio bem, sem pensar em terceiros. Duas crianças passando fome, sem ninguém para estender a mão.
Duas realidades distintas. Mas com algo em familiar.
Somos animais, destruímos tudo que nos cerca. Trazendo um pouco para nossa realidade. Estamos cegos, essa eleição (2018) prova isso. Se não está do meu lado, é meu inimigo. As redes sociais estão insuportáveis. Os diálogos se findaram, de ambas as partes.
Tudo indica que vamos caminhar para dias ruins, muito ruins. Tomara que eu esteja errado, mas as notícias que saem pelo mundo não são nada animadoras.
Na Venezuela o povo passa fome e seu líder almoça em restaurantes caríssimos. Fonte: Uol.
Em 2011 começou uma guerra na Síria, são sete anos de guerra, milhares de mortos e, ao que parece, isso vai longe. Fonte: BBC.
Em 18 anos, as mortes cometidas por ataques a tiros nas escolas americanas, ultrapassou os índices de todo o século XX. Detalhe, esses ataques são cometidos por adolescentes. Fonte: O Globo.
No Brasil ocorreram mais de 26 mil assassinatos no primeiro semestre de 2018. Fonte: G1
Das 50 cidades mais violentas do mundo, 17 estão no Brasil. Fonte: BBC.
Eu não inventei essas notícias. Todas estão com as respectivas fontes. Poderia postar dezenas de outras matérias aqui.
Somos animais. Não amamos o próximo, jogamos lixo na rua, desrespeitamos os mais velhos, sonegamos, não avisamos quando o troco vem errado, maltratamos animais, roubamos de necessitados, roubamos cada vez mais, matamos, estupramos. Perdemos todo o censo de civilidade.
Sempre escutei que no final o bem vence o mal. E, enquanto criança, sempre acreditei nessa máxima. O bem vence no final. Mas, de uns tempos pra cá, venho desacreditando nisso.
Para cada ação boa, vejo dezenas de ruins. Para cada carteira com dinheiro achado e devolvido, vejo centenas de bolsas roubadas. Para cada vida salva vejo milhares mortas por balas perdidas.
Tomara que tudo isso seja um sonho ruim, tomara que eu esteja errado, mas não vejo sinais de melhoras para os próximos anos.
Você vê? Então me mostre, por favor.
Não deixe de conferir.
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