Fazer um spin-off é muito complicado, se a série em questão for consagrada, a chance de dar errado é gigante. Mas Vince Gilligan não ligou e foi lá fazer um prequel de Breaking Bad.
E ai começam os problemas. Nós sempre queremos mais e mais daquilo que gostamos, mesmo sabendo que esse mais pode ser ruim. Pois bem, Better Call Saul começou “sofrer”. A série, vide tantas coisas ruins que tem por ai, era acima da média, mas lógico que não comparado a Breaking Bad.
Com enredos que oscilavam pouco, o seriado foi sendo bem conduzido.
Que fique claro, gosto muito da série, é uma das várias que acompanho e tenho um carinho especial, mas, como todo fã, eu necessitava de fanservice.
E eles vieram nessa quarta temporada, e como vieram.
Esperei até o quarto episódio (Talk) para falar algo. Aliás, episódio mais lento até aqui, mas com uma narrativa muito interessante e, ao ver Mike vs Gus no final do episódio pude constatar que Better Call Saul se encontrou ao mostrar que não é só de Saul, que também é de Mike, Salamanca, Gus… Better Call Saul se encontrou ao mostrar que aquele mundo é o “Pré-BreakingBad”.
Sim, nós gostamos de Jimmy Mcgill, nós gostamos da Kim e de ver tudo o que antecedeu Saul Goodman, mas a grande verdade é que os fãs, por mais que se mostrem abertos ao mundo “Mcgill”, desejam profundamente ver o mundo “Goodman”.
Sim, nós estamos aqui por Saul, mas também estamos aqui por Mike, Hector, Gus, Tuco, Lydia, Gale… nós estamos aqui pelos irmãos e pelo veterinário, nós estamos aqui para ver um possível aparecimento de Jesse e Walter, nós estamos aqui por causa de uma série chamada Breaking Bad.
Finalmente Gilligan deu o que nós queríamos, finalmente ela começou se equiparar ao seu verdadeiro mundo. Como fã só posso dizer duas palavras: “Muito obrigado”.
Não deixe de conferir.
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