Por volta da década de 1990 a maioria dos brasileiros que se interessavam por tecnologia, tiveram contato com um dos primeiros filmes de hackers transmitido no território nacional (disponível também em locadoras de vídeo). Em Piratas de Computador (1995), um hacker adolescente encontrava-se enquadrado pelo roubo de milhões de dólares de uma grande corporação. Dade Murphy, também conhecido como Zero Cool e Crash Override, foi proibido de colocar suas mãos em um teclado depois de ter parado mais de 1.500 computadores da Wall Street quando tinha apenas onze anos. O filme inspirou milhares de adolescentes que até então, tinham contato com “tecnologia de ponta”, manuseando seus joysticks, e pensando: Qual empresa é melhor? Sega ou Nintendo?
O tempo foi passando e tivemos contato com Matrix (1999), filme que propõe uma imersão no universo filosófico, além de uma série de efeitos especiais que surpreendeu até a crítica especializada no assunto, rendendo mais dois filmes que foram lançados em 2003, e Swordfish – a Senha (2001), mostrando Hugh Jackman (O Wolverine), como perito nas artimanhas da rede. De lá pra cá, uma série de clássicos foram invadindo a videoteca nerd daqueles que desejavam um dia se tornar um ativista cibernético (ou apenas invadir sistemas bancários).
Apesar dos indícios de que tal temática fazia muito sucesso, o Brasil não deu muita atenção ao potencial mercadológico, levando o telespectador a se identificar apenas com o hacker de Hollywood. As coisas tomaram outro rumo quando a Medialand (uma produtora brasileira), resolveu “render esse assunto”, e construir narrativas quem envolviam Hackers, isso depois de produzir conteúdos diversos para emissoras como Rede Tv, Play Tv, AXN, Canal Brasil. Em 2018, a Medialand lançou pela plataforma NETFLIX a série Gamebros, que propõe uma realidade inspirada no Hacker brasileiro, um policial chamado Heitor, que anda na corda bamba, vivendo entre as aventuras policias e os mergulhos profundos na Deep Web com o codinome Gamebros.
A série traz ao espectador leigo informações interessantes sobre o quanto andamos apenas na superfície da internet, não atentando para golpes simples, como por exemplo, acessar qualquer Wi-fy que aparece por aí. Com a premissa “tudo que você coloca na internet fica lá para sempre…para sempre…” As histórias fazem você refletir sobre como estamos expostos e desconhecemos as armadilhas do mundo digital. Naturalmente em artigos como esse, o leitor espera encontrar um DNA completo da série, onde a opinião desse que vos escreve irá influenciá-lo a ponto de terminar essa leitura e correr para assistir… Meu caro leitor (ou leitora), não é isso que irá encontrar aqui… Mas, a ausência de spoiler é intencional, já que, é importante construirmos nossas leituras sobre os conteúdos que absorvemos, e não sermos absorvidos por eles… Ou seja, fica aqui o conselho, sobre uma série nacional que apresenta o universo dos Hackers, citando a série: “O ser humano só não é pior, porque o homem foi safo e inventou duas grandes censuras pra viver em sociedade: a lei e Deus”. Então, fica a dica.
Não deixe de conferir.
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