Você já assistiu ou leu alguma coisa que após seu término lhe causou grandes reflexões? Não? Então hoje vou apresentar 5 obras com esse poder.
Vou começar com Amarelo Manga (2002), dirigido por Cláudio Assis.
Amarelo Manga mostra tudo o que não queremos ver. Mostra uma dona de bar que sofre abusos psicológicos e físicos, mostra uma mulher religiosa que é traída pelo marido, um rapaz trabalhador, que por ser homossexual sofre grandes preconceitos, Amarelo Manga mostra tudo que há de ruim no ser humano. Belo filme, triste filme, filme real.
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Eleanor e Park é o típico livro que te pega de um jeito que não tem explicação…
Park é classe média, tem o apoio da família. Eleanor é estranha, também, falta o básico pra ela, seu padrasto é violento e sua mãe submissa. O relacionamento dos dois tinha tudo para dar errado, mas não deu. Eles começaram namorar, até que o padrasto dela descobriu, foi ai que ela fugiu e prometeu escrever… mas não escreveu, ela se foi, ela se foi…
“Eleanor, acabando com tudo.
Eleanor, indo embora.
Ele parou de tentar trazê-la de volta”.
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A Metamorfose, de Franz Kafka, é um livro meio que bizarro.
Gregor Samsa, um vendedor comum. Trabalha para sustentar sua família, e faz disso seu único modo de vida. Porém, em um belo (péssimo) dia, ele acorda transformado em um inseto gigantesco.
Sim, é bizarro, mas o livro mostra como que somos úteis apenas quando damos resultado. Sabe aquele negócio de conhecer os verdadeiros só na hora da dificuldade? Então, Gregor percebeu que não tinha ninguém verdadeiro junto com ele…
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1984 é outro livro que mostra como que um governo pode ferrar com a vida de sua população.
“Pouquíssimo se sabia a respeito dos proles. Não era necessário saber muito. Contanto que continuassem a trabalhar e se reproduzir não tinham importância suas outras atividades. Abandonados a si mesmos, como gado solto nas planuras argentinas, haviam regressado a um modo de vida que lhes parecia natural, uma espécie de tradição ancestral. Nasciam, cresciam nas sarjetas, iam para o trabalho aos doze, atravessam um breve período de floração da beleza e do desejo sexual, casavam-se aos vinte, atingiam a maturidade aos trinta, e em geral, morriam aos sessenta. O trabalho físico pesado, o trato da casa e dos filhos, as briguinhas com a vizinhança, o cinema, o futebol, a cerveja e, acima de tudo, o jogo, enchiam-lhes os horizontes. Mantê-los sob controle não era difícil.”
Sério, leia esse trecho novamente, reflita, impossível não pensar em nada…
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Anos Incríveis é a queridinha aqui do HQ’s com Café, com mais de uma centena de postagem, o seriado não poderia ficar fora dessa lista.
Anos Incríveis, só de falar, já me causa arrepios. Já falei tanto sobre o seriado, que não tenho mais o que falar. Então deixo seu final com Kevin Arnold…
“O filho de Karen nasceu em setembro, preciso contar que ele se parece comigo, pobrezinho! Mamãe se saiu bem, mulher de negócios, presidente do conselho, avó, grande cozinheira. Wayne continuou na fábrica, ele se deu bem com os móveis, na verdade, assumiu a fábrica dois anos depois, quando meu pai morreu. Winnie partiu no verão seguinte para estudar história da arte em Paris, mas não nos esquecemos da nossa promessa, nós nos escrevemos uma vez por semana durante oito anos, fui espera-lá quando voltou para casa, com a minha mulher e meu primeiro filho, de 8 meses… como eu disse, as coisas nunca saem exatamente como planejamos“. – Kevin Arnold.
Antônio Abujamra, famoso apresentador, sempre encerrava seu programa (Provocações) com uma pergunta: “o que é a vida?” Acho que Anos Incríveis, dentro do possível, é o único programa com o poder de responder uma pergunta sem resposta.
Não deixe de conferir.
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