O psicólogo dentro dos parâmetros da contemporaneidade precisa de uma renovação constante em suas atividades profissionais e éticas, nesse campo fazendo jus, que sua epistemologia fuja aos preceitos do senso comum, atrelados como a um messianismo nefasto de buscar informações e metodologias, que na estejam concatenados com parâmetros empíricos, alicerçados por uma base de argumentação clara e sucinta.
Dentro de seus vieses de conjugar uma metafísica do conhecimento, que esteja compreendendo seu papel sociomoral não como um cabido de buscar respostas para tudo, e sim que venha unir caminhos para uma atividade de trabalho, em reunir antagônicos procedimentos de abordagens, no torno a uma saúde mental que esteja exasperada a fazer um “eu” que possa proporcionar diversos caminhos para um condução de vida pessoal saudável, bem como de um participação em sociedade concisa e ativa.
Dentro da historiografia das ciências humanas ligadas a uma “psyche” (psicologia) lúcida, devendo não estar somente atrelada aos desígnios freudianos, buscando dentro da filosofia grega subsídios, para uma compreensão que esse profissional possui aspectos de uma dicotomia entre o bem e o mal, pois em determinados momentos como a Idade as Trevas (período medieval), os problemas mentais foram taxados dentro do fanatismo da Santa Inquisição como elementos atrelados a prática de magia negra, desviando seu trajeto de cientificidade.
Platão dentro do seu Mito da Caverna, já alardeava a importância de uma subjetividade que não fosse um conluio de conformismo perante os desmandos de uma pólis, contendo um elitismo de privilégios, atendendo aos quesitos a construção de um “ser”, resplandecido de conhecimento teleológico, passasse pelas alcunhas do diálogo, bem como a um capacidade de assimilação do “real”, sem perder a referencia arquitetônica de questionamento dialético, que fizesse chegar ao conhecimento de uma causa final a partir do seu próprio âmbito inicial de aprendizado.
Nesse sentido vejamos que tanto a filosofia como a psicologia, mesmo com suas restrições em direcionamentos de aprendizagens caminham juntas na busca de uma perfeição de saberes que possam usufruir para uma criticidade ética, a um campo do saber, que procurasse corresponder as angustias e expectativas quanto a formação e erudição do conhecimento, a melindrar os limites e o poder que as emoções possam provocar no indivíduo.
Um indivíduo que dentro de aspectos antropológicos, tem obrigações perante a constituição de um Estado, que impinge um idealismo de normas sociais, e paradigmas culturais que possam, levar gêneses de uma mente que produza cultura crítica, como destruição, em escala industrial, fazendo uma confusão de “ethos” entre o oblíquo do que pode ser correto e incorreto, iludindo massas como exemplos os Regimes Totalitários tanto de direita como de esquerda (Nazismo e Stalinismo).
Outros fatores para o adágio de salvação que o psicólogo possa outorgar está no ceticismo ocasionado por um movimento de globalização macabro, não havendo tempo hábil para reflexões, germinando dúvidas perante a credibilidade do homem pelo próprio homem.
O profissional da psicologia se debruça a dar conta de um “conhece a ti mesmo”, com o anseio de angariar profiláticos caminhos para uma humanização do conhecimento que seja um armistício, para os conflitos inerentes que fazem o “homo sapiens” se digladiar em buscar um sentido para sua vida, bem como a importância que o “o outro”, possui para sua sustentação emocional, moral e social.
Não é o psicólogo ser um salvador, e sim um ponto de guia intelectual a está direcionado para tratar de maneira coerente e não excludente, os dilemas que a mente humana produz a cada momento, vaticinando o combate a um subjetivismo que possua a sombra do egoísmo.
Dentre suas várias ramificações, citamos um primor de valorização das ciências da mente (psicanálise, psiquiatria, neurociências), e também de como elas contribuem para o plantel de uma educação que não fique exclusivamente permeada aos conteúdos burocráticos institucionais, e sim realize um espaço de ação moral e de conhecimento, outorgado a aprender, a usar e aprimorar de maneira eloquente todos os potenciais de aprendizagens.
Um cérebro que enfrenta a desconfiança do que possa, propiciar novas alternativas de vivencias de respeito pelas mais diferentes manifestações culturais, levando a um hibridismo idealístico de como se viver em paz, mas sem perder a benevolência do disparate e do confronto de opiniões.
O psicólogo além de também ser uma pessoa, possui um cunho de melhorar” potenciais energéticos de produção de novas memórias”, segundo Wilhelm Reich, almejando um traçado científico, de não lutar pelo extermínio da loucura, e sim fazer da loucura um ditame para alargar nichos de saberes científicos e filosóficos que estejam, comprometidos a valorização da criatividade e do respeito diante enfadonhos preceitos de desrespeito de uma cultura pela outra.
É cíclico e plástico, a importância do psicólogo, para uma organização semântica na inserção em diversos setores da sociedade civil, de seus preâmbulos de atuação, e que contando com apoio teórico de diversas correntes de abordagens, venha a exaurir, novas atividades mentais, necessitando de um guia “espiritual” constante na atuação e análise do seu próprio eixo existencial.
Em um campo fenomenológico, o psicólogo, não é um salvador, e tão pouco se constitui como um arquétipo de um semideus.
Busca através das palavras uma ação de sublinhar os mais diferentes detritos maléficos de carência da lógica comportamental, e que esteja de acordo, com o “politicamente correto”, mas também, necessita a um compendio de repensar a cada momento suas atividades, como sendo um batistério de interrogação e também de resposta a si mesmo, diante as incoerências da história.
Uma história que tanto que pode estar a seu favor, como a inculcar elementos ideológicos de se afastar, de uma consciência clara de atuação, na construção de um legado, que não seja somente tratar da mente humana, e sim a levar princípios para um aprendizado e um fluxo constante de cunhos propedêuticos que esteja auspiciando uma “cultura intelectual pop”, e que também sancione limites contra um exagerado descompromisso, em se fazer da psicologia, algo que seja a salvação plena para todos os problemas da mente, e sim um caminho na construção entre vários sentidos em se prover um coeficiente de inteligência dialético, na elaboração de um “eu” polissêmico de significados, voltados ao bem comum da população.