Muitas coisas acontecem e estão fora da nossa alçada. Uma morte, alguma doença, as palavras que estão na boca de outra pessoa… muita coisa acontece durante nossa jornada que, infelizmente, não podemos controlar.
Mas podemos controlar como reagir perante cada uma delas. Will Hunting (Matt Damon) é um jovem rapaz. Ele é brilhante, um verdadeiro gênio da matemática. Mas, ao mesmo tempo, ele tem problemas com relacionamentos.
Seus amigos são o porto seguro dele. Todos eles tem um nível intelectual bem abaixo do seu. Mas todos são leais. Seja na hora de rachar um lanche, entrar em uma briga ou tentar conquistar uma garota.
Will teve uma infância sofrida, viveu em um orfanato, apanhou de todas as formas possíveis. Com isso ele desenvolveu uma forma de “não se machucar mais”, ele passou não ligar para ninguém.
O grande “problema” é que, necessariamente, precisamos nos relacionar. Você pode se achar autossuficiente, mas está enganado. Nossa vida é cercada por relacionamentos. Só que nem todo relacionamento é bom. Sempre existe alguma pessoa que vai te ferrar, isso acontece no âmbito profissional e pessoal. É fato, não tem o que fazer.
Mas você não pode virar um Will. Um cara irônico, que faz de sua sabedoria uma barreira para o contato humano. A decepção faz parte da vida. Imagine se todos os dias fossem maravilhosos, se todas as pessoas que encontrássemos fossem ótimas. Que tudo desse certo. Isso seria um saco.
Sim, seria um saco. Pois se tudo desse certo, quem seria aquela pessoa que faria seu coração bater mais forte? E quem seria seu amigo para te apoiar nas insanidades? Viveríamos no Admirável Mundo Novo de Aldous Huxley?
Uma vez ouvi que o conceito de paraíso é loucura. Imagine você viver eternamente em um local onde se faz sempre a mesma coisa, isso se tornaria um inferno. Essa é a graça da vida, ela tem fim. Lógico que perder uma pessoa amada é desesperador, mas a vida continua, novos caminhos se cruzarão com o seu, novas decepções virão, os fracassos vão rir da sua cara, mas, vez ou outra, aparecerá alguém, que vai clarear seu caminho e estampar um sorriso no seu rosto.
Gênio Indomável não é só um filme. Ele é uma aula sobre os momentos que valem na vida. Seu diploma, dinheiro, status… nada disso vale, o que realmente importa são os desejos do coração. Bom, é o inigualável Robin Williams (Sean) quem diz isso…