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HQ’s Entrevista | Michelle Giudice

Ela já trabalhou no Bom Dia e Cia, durante algum tempo contracenou com o Carlos Alberto de Nóbrega na Praça é Nossa, com o passar do tempo ela foi se transformando, seu rosto ficou menos visível na telinha, mas sua voz ficou inesquecível em nossos ouvidos.

Certamente você já ouviu a voz dela em algum lugar, também, são inúmeros os personagens conhecidos que Michelle dublou. Jessica Davis (Os 13 Porquês), Sophie Turner (Game of Thrones), Serena (Pokémon), Aja Naomi King (How to Get Away with Murder) e, ainda, dublou personagens em várias outras séries, filmes, animes e até jogos. Então venha saber tudo sobre a talentosíssima Michelle Giudice.

1 – Michelle, me corrija se estiver errado. Mas você tinha três anos quando começou fazer suas primeiras aparições no SBT?

É isso mesmo. Quando eu tinha 3 anos fui contratada para fazer parte do elenco do programa infantil “Bom Dia e Cia”. Durante 5 anos, todo dia de manhã eu estava na telinha do SBT!

2 – E você se lembra de como foi esse convite para trabalhar na TV?

Minha mãe queria conhecer o Silvio Santos e se inscreveu para participar do programa “Topa Tudo Por Dinheiro”. O produtor perguntou se ela toparia levar a filha para fazer uma brincadeira. Ela aceitou e me levou junto com ela. No final do quadro, ela saiu do palco, o Silvio foi até ela e disse: “- Estou encantado com a sua filha, quero contratá-la. Fale com meu produtor!”

3 – Vamos falar do “Bom Dia e Cia”. Como foi a experiência de trabalhar em um programa que marcou a infância de tanta gente? E qual era o seu desenho preferido?

Foi incrível, foi a melhor infância que eu podia querer. Eu amava, me divertia muito, mas já levava como trabalho profissional. Estava sempre com meu texto decorado, ouvia o diretor e odiava ter que faltar, mesmo quando estava doente. Meu desenho preferido não lembro, mas gostava muito de Tom e Jerry, de Sailor Moon, depois eu passei gostar de X-men, Jimmy Neutron, Meninas Super Poderosas…

4 – Para finalizar o tema SBT. Como foi ter contracenado com o Carlos Alberto de Nóbrega em “A Praça é Nossa”? Aproveitando, certamente você deve ter encontrado vários ícones do humor nos bastidores. Existia algum que você nutria uma admiração de fã?

Foi super legal, ele me chamava de “minha estrelinha”. Tenho muita saudade.

Não, eu era nova e não era focada no tema humor, então não tinha nenhum ídolo específico.

5 – Agora vamos falar um pouquinho sobre sua carreira de dubladora. É sabido que você é a dubladora da Jessica Davis (Alisha Boe), na série “Os 13 Porquês”. Quando o material chegou até sua mão, você imaginou que ela seria tão adorada e polêmica?

Então, o material não “chega em nossas mãos” porque em nenhum momento nós temos posse do material. Por questão de sigilo e praticidade o material fica com o estúdio e com o diretor de dublagem. Nós só temos acesso a ele no período de tempo que estamos dentro no estúdio. E nesse momento, nós temos que focar em observar ao máximo o produto tecnicamente para ser o mais fiel possível ao original. Não dá nem tempo de pensar no que vai ser depois.

6 – Você tem alguma ideia do que esperar na segunda temporada?

Ah, o que todo mundo espera… que personagens sejam punidos pelos seus “crimes” e atitudes, e que outros consigam se recuperar. Que são coisas meio óbvias, mas fora isso, é só aguardar para ver se teremos surpresas!

7 – Não podemos deixar de falar da Serena. Qual foi o sentimento em passar em um teste para dublar um personagem do Pokémon? Sabemos da quantidade gigantesca de fãs que o Anime possui no Brasil. Você teve alguma dificuldade ou medo em dublar essa personagem?

Eu fiquei surpresa e muito feliz!!! As bocas dos desenhos Anime são bem difíceis… fiquei com um pouco de medo da recepção dos fãs, mas não de fazer o trabalho em si.

8 – Falando em dificuldades. Você assumiu a dublagem da Sansa Stark (Sophie Turner), na sexta temporada de Game of Thrones. Qual foi a reação do público ao saber da mudança na dublagem dos personagens?

A reação que já estávamos esperando. Nenhum fã gosta de mudança de vozes, do elenco inteiro, piorou, de uma série que já estava na sexta temporada então, impossível. Nessas situações, tanto o estúdio quanto os dubladores ficam de mãos atadas. O público está acostumado com aquelas vozes, não vai desacostumar daquelas e acostumar com outras do dia pra noite, por melhor que seja a nova dublagem. Muitas pessoas param de assistir dublado quando ocorre esse tipo de troca. Mas essa escolha é unica e exclusivamente do distribuidor, e nós sabemos que é o pior dos erros, mas não podemos fazer nada além de dar o nosso melhor com muito amor e carinho!!!

9 – Fora os personagens já citados na entrevista, você dublou jogos (Elsword e League of legends) séries (Michaela Pratt em How to Get Away with Murder), animes (Os Cavaleiros Do Zodíaco Omega) e diversos filmes. Qual é o trabalho mais difícil de ser feito? E existe algum personagem preferido no seu currículo?

Acho que não existe UM TIPO de trabalho mais difícil. Cada um tem a sua dificuldade, e principalmente cenas ou situações difíceis. De preferido também não consigo eleger um só (risos).

10 – Para finalizar. Quem é Michelle Giudice?

Artista dedicada e humana dramática, que busca melhorar a si mesma e melhorar a qualidade na arte brasileira. Que pensa como se fosse viver para sempre e sente como se fosse morrer amanhã, mas na verdade queria fazer o inverso. Mede sua vida em amor e tentar rir muito mais do que chorar!!!

Michelle, foi um prazer falar com você. Desejamos que sua carreira continue com essa quantidade gigantesca de sucesso.

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