Funesto desejo de interpor a palavra…
Aos delírios de se fazer ouvir…
Sem compreender o silêncio…
Como devaneio de uma chuva do conhecimento…
Para alcançar o firmamento…
Para o elevamento da alma humana…
Para o conhecimento da demagogia…
No sacro da lógica do absurdo…
Vivemos o tenro aristotelismo ao contrário…
Não há lógica para o temperamento maldoso…
Curioso de incentivar as arcádias…
Do absurdo coletivo…
Efetivo, a condenar o sal da terra…
Para o parnaso da incredulidade…
Onde o amor por falar…
Se esconde a raiva, por escutar…
A fé da descrença…
Aprimorando o abrupto de falar…
Somente por falar…
Apenas falamos…
Mas comunicamos pouco…
E tão pouco…
Idolatramos o dadivesco amor…
Só pelo amor…
Sem rancor…
Mas com pudor…
E com odor de flores silvestres…
Sem a malícia…
Mas com carícia…