Filme de 1976 com 2 horas de duração.
Sinopse: O âncora Howard Beale (Peter Finch) recebe a notícia de que está demitido em razão dos seus baixos índices de audiência. Um dia, com o programa no ar, comunica a sua saída da emissora e avisa que se matará ao vivo na próxima semana. É imediatamente afastado, mas diante dos apelos do público a emissora decide voltar atrás. A partir de então ele passa a encarnar o profeta louco e seu comportamento insano tem recepção altamente positiva. As pessoas responsáveis pela sua ascensão, no entanto, agora precisam encontrar uma forma de detê-lo.
Opinião com Café.
O que separa os homens sãos dos loucos? Um dia ruim, diria o psicopata Coringa, é exatamente isso que o âncora Howard Beale (Peter Finch) teve, um dia ruim.
O antigo apresentador foi demitido, como não sabia fazer mais nada da vida ele surtou ao vivo no programa, o resultado? Os índices de audiência aumentaram e ele foi recontratado, o problema é que sua loucura já tinha o dominado.
Para se ter noção de sua “loucura”, em uma de suas falas ele diz que a televisão é uma mentira, em outra que está casado há 33 anos de uma farsa gritante, Howard por meio de seu distúrbio vai falando as verdades da vida que todo mundo quer ouvir, mas que ninguém quer falar. Paralelamente Max Schumacher (William Holden) larga sua esposa para ficar com Diana Christensen (Faye Dunaway).
Para os produtores de Howard pouco importava sua saúde, ele estava dando um retorno financeiro gigante para uma empresa quase falida, e aos poucos vamos vendo que o ser humano não importa, e sim os números que ele gera.
Howard ainda comenta sobre o quanto a televisão influência a vida das pessoas, fala que elas são burras e deveriam desligar o televisor, mesmo assim seus índices não param de crescer, triste realidade, não?
Mas tudo muda quando o apresentador começa a falar sobre a corrupção que acontece dentro de sua própria empresa, Howard antes visto como salvação agora é visto como estorvo, mas como lidar com um cara louco?
Os assuntos abordados são extremamente complexos, lógico que a alienação que a TV gera fica em evidência, mas temas como traição empresarial e pessoal, corrupção e má qualidade dentro do ambiente de trabalho também são abordados.
Apesar de tantos temas, duas horas de filme é tempo suficiente para discorrer sobre elas, mesmo assim contamos com 15 minutos inicias morno, que fará você pensar se deve ou não continuar assistindo a obra, e se você se perguntar, a resposta é sim. Ela “cura” esses 15 minutos iniciais com uma trama espetacular, atuações seguras e dezenas de frases de efeito.
Em 1976 Howard disse que deveríamos desligar a televisão e pensar um pouco mais, o que vemos é que o profeta louco não era tão louco assim.
Nota 8.5