Filme de 2013 com 1 hora e 30 minutos de duração.
Sinopse: Murray (Woody Allen) é um senhor de idade que, durante uma conversa sobre sexo, diz que conhece um gigolô. Ao saber o quanto poderia ganhar como cafetão, ele tenta convencer seu amigo, Fioravante (John Turturro), a entrar para o ramo. Só que ele é um pacato jardineiro e não quer se envolver em algo do tipo. Após muita insistência de Murray, Fioravanti topa fazer um programa com a doutora Parker (Sharon Stone), que está bastante insegura por ser a primeira vez que trai o marido. O sucesso do encontro faz com que a fama de Fioravanti corra entre as amigas da doutora, assim como ele mesmo passa a notar melhor as qualidades da nova profissão.
Opinião com Café.
John Turturro não é apenas o ator de Amante a Domicílio, ele também é o diretor da trama, e conseguiu fazer algo muito difícil, fazer com que Woody Allen protagonizaste um longa de qual não é sua autoria.
Quem assiste o filme achando que é do Woody, até se engana, pois a estrutura do longa é de extrema aparência com os filmes dirigidos por esse diretor, talvez Turturro tenha tentado homenageá-lo.
Mas, enfim, Murray (Woody Allen) é dono de um livraria que vende livros raros, só que ele está indo a falência, e em uma conversa com a doutora Parker (Sharon Stone), que tomou rumos sexuais, ele viu a possibilidade de ganhar algum dinheiro ao notar que Parker estava insatisfeita com seu relacionamento, Murray indica um gigolô que é seu amigo, Fioravante (John Turturro), o único problema disso tudo é que Fioravante é um jardineiro, e nunca trabalhou como gigolô.
Quando a conversa sobre prostituição surge, logo nos vem a cabeça a falta de dinheiro, em Amante a Domicílio não é diferente, tudo começou com uma dificuldade financeira vivida por Murray e Fioravante, mas o que mais chama a atenção aqui, não é o lado negro da prostituição, e sim os pontos positivos que essa profissão pode oferecer tanto para os clientes como para quem trabalha com ela.
Fioravante não é mais um rapaz que chega, transa e vai embora, aliás, as cenas de sexo são curtíssimas, e muitas vezes nem mostradas são, pois, aqui, a intenção da trama não é o sexo, mas sim mostrar como que as pessoas são solitárias, e muitas das vezes precisam de carinho e atenção, notamos isso claramente no primeiro trabalho de Fioravante com a doutora Parker.
O que já era claro no filme, fica ainda mais evidente quando Avigal (Vanessa Paradis) é inserida na trama, ela é uma judia, que está viúva há dois anos, a solidão que domina a moça é muito evidente, outro tema também surge com a aparição da moça, a opressão masculina, que é mostrada de forma escancarada conforme a personagem vai contando sua história.
Citando temas complexos, de forma tão sútil, podemos imaginar uma obra prima, mas não, infelizmente o longa apresenta muitos erros, talvez uma hora e meia tenha sido pouco tempo para mostrar tanta coisa, com esse “tempinho” Turturro pincelou as cenas de forma extremamente superficial, as coisas acontecem muito rápido, não temos aprofundamento em nenhum personagem, em nenhuma história, óbvio que isso gera uma falta de simpatia pelas pessoas/histórias.
Porém algumas coisas compensam essa “pressa”, a trilha instrumental, a fotografia de Nova York, Woody Allen e John Turturro com seu personagem sagaz. Temos excelentes temas para serem retratados, mas temos pouco tempo
Nota 7.8.