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Quero ser Grande… ah, se eu soubesse que era uma cilada

Quando eu crescer vai ser diferente. Vou ter minha casa, meu emprego. Vou fazer o que eu quiser.

HAHAHAHAHAHAHAHAHA

Todo mundo quando criança pensou e falou essas frases. O crescimento era desejado, queríamos o quanto antes fazer 18, ter um carro, “ser independente”.

Ah, ledo engano.

O longa Quero ser Grande, de 1988 nos mostra um pouco disso. Ali conhecemos Josh (David Moscow), um garoto comum, ele gosta de brincar com seus amigos, mexer no computador, odeia os afazeres domésticos e tem seu amor platônico (uma garota mais velha).

Um jovem como qualquer outro. Correto?

Pois bem, um belo dia Josh vai ao parque de diversões, chegando lá é barrado na montanha russa, ele não tem a altura necessária, revoltado com a vida encontra uma máquina dos desejos e faz um pedido…

“QUERO SER GRANDE!!!”

O ponto interessante é que Josh só “ganhou” o corpo de adulto, a mentalidade continuou de 13 anos.

Se bem que, grande parte do pessoal hoje em dia só “conquistou” o corpo de adulto também.

Josh só tem a casca de adulto, por dentro é uma criança. E unindo os dois mundos, um corpo de adulto em uma mente de 13 anos, o que acontece?

Casa com cama elástica na sala, almoço repleto de salgadinho com milk-shake e, quando possível, alguns peitos.

É isso que todo moleque deseja aos 13. Ele nunca imagina que aos 18 tem que decidir qual faculdade cursar. Que aos 25 começa aquela pressão pro casamento. Que aos 30 ele já tem que ter casa e filho.

Aos 13 ele não imagina isso, ele só quer salgadinho e peitos.

Aos 13 ele imagina que ser grande é ter todos os problemas resolvidos em um passe de mágica, que tudo vai dar certo e que vida mais bela não existirá.

Aos 30 ele deseja loucamente voltar aos 13, com a mentalidade de 30, para aproveitar tudo que não aproveitou.

Aos 30 ele se agarra em qualquer oportunidade, seja um bate-bola com o sobrinho, uma conversa com o filho ou uma festa temática. Ele quer, ele anseia por voltar aos tempos de criança.

Mas já não é mais possível. Aquela doce e inocente época se foi, você não tinha maturidade, por isso desejou ser grande, se pudesse escolher, tenho certeza que voltaria.

Voltaria pra’quele tempo dos desenhos, da mãe contando uma história, das risadas na sala de aula.

Tudo bem, eu sei que não é de todo mal crescer. Você é obrigado, tem que assumir seu lugar ao mundo, com o tempo conquista várias coisas, mas lá no fundo, bem lá no fundo, com o passar dos anos, aquela música do grande Roberto Carlos soa cada vez mais forte: “Tenho às vezes vontade de ser novamente um menino, e na hora do meu desespero gritar por você, te pedir que me abrace e me leve de volta pra casa e me conte uma história bonita e me faça dormir. Só queria ouvir sua voz, me dizendo sorrindo, aproveite o seu tempo, você ainda é um menino.”

Clássica cena do filme.

Não deixe de conferir.

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“Quantas vezes me sinto perdido no meio da noite com problemas e angústias que só gente grande é que tem, me afagando os cabelos você certamente diria: amanhã de manhã você vai se sair muito bem” – Lady Laura – Roberto Carlos.