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Euro-Cine | Um homem chamado Ove

“Um Homem Chamado Ove” enfoca o medo que a solidão desperta nas pessoas com a chegada da terceira idade, todavia, porque ter medo de algo que estamos vivendo intrinsecamente a cada momento?

Uma paródia sarcástica que a humanidade está envolvida, em que a morte se delineia diante uma humanidade afundada cada vez mais em princípios egoístas, se apaixonando, por um claustro de destruição ética perante os sentimentos mais sublimes de respeito pelo próximo.

Não existe o próximo?

E será que alguma vez existiu?

A juventude está acima da média, é claro…

Não poderia ficar de fora das asas do cinema moderno.

Ove (Rolf Lassgard – 1955) se destina a chamar atenção para uma interpretação da podridão moderna, de uma transformação macabra a sobrepujar o amor, como algo que ainda se vale a pena lutar.

A solidão comovente, mas concomitantemente, traça vértices aos quais onde estaria padrões filosóficos para elencar um “divo”, de maturidade adocicada pelo pecado em se vaticinar um “eu sozinho”, atormentado por letárgicas memórias a um passado distante.

O psicanalista inglês Wilfred Bion (1997 – 1979), coloca que as pessoas “precisam de atenção, como um pilar para despertar novas emoções”, mas o que fazer quando as pessoas são seu próprio centro de produção para novas aventuras mentais, abrangendo o mentalismo cíclico de que nunca é tarde para aludir novas conquistas de relacionamentos, que não fiquem encarcerados na mesmice do “corpo unicamente pelo corpo”.

A velhice vista como um primor de decadência, faz de Ove um novo arquipélago a flexibilidades de postergar grilhões de criticidades que possam assim, levar ao bem-estar das pessoas deixadas ao relento da civilidade clássica, todavia, a uma comodidade psicológica, que esteja atrasada, em âmbito de atitudes de proclamar um sínodo, em reaver reflexões sobre o homem, e como ele se comporta diante as violências mais transvestidas de vulgaridades em se importar por uma condição de mundo melhor.

O melhor? Caminhando para o pior, em um distanciamento do amor pela humanidade, para um ardil nivelamento para um espetáculo de horrores aos quais a eloquência de méritos, é tangenciada para um extermínio de moléculas de solidariedade perante aqueles que são esquecidos, em virtude de seu atrofiamento físico natural, na deformação da velhice.

A plasticidade da pele, não pode vim a ocupar o vazio, que o amor produz diante métricas de etiquetas que conduzem as atividades humanas, em torno de se desgastar e entorpecer perante o poder de um “corpo belo”, mas que possua a metafísica de vontades em se projetar universos de relacionamentos que venham deixar o estético de lado, e preconizar a pessoa em si.

De certa forma o cinema sueco é prodígio em colocar a velhice como uma síncope para o inevitável encontro com as intermitências do “anjo negro”.

A escuridão se faz anunciar, como um espetáculo da arte que não respeita nossos desejos, e sim, tece uma melodia destruidora com afins de levar um velocino terrorífico, de alamar às pessoas, dizendo que não são responsáveis nem se quer por suas vidas.

A inutilidade, do antropocentrismo, frente ao “centrismo”, em se julgar ser o centro de todas as coisas.

Ove pode encaminhar em um sentido de paixão pela maldade, mas não no sentido genuíno de se deixar fazer o mal, e sim a maldade de se sentir sem novos ditames para sua existência, em vista daqui, que a morte lhe tirou.

A não compreensão de que distanciamentos, para uma explosão sentimental que não podemos elementar, caminhos polivalentes de direções a consciência responsável, jaz uma metafísica de empreender ações, para psicologismos em fazer da cultura do “luto” humanizações para aceitar, os desatinos de separações, que a vida coloca para as pessoas.

Uma canção de Eric Clapton (1945), (My Father’s Eyes, 1998), representa a elasticidade de uma vida que possa suplantar, um principio darwinista de sobrevivência do mais forte, se não houver alguém ao qual possamos prescrever uma ludicidade de comportamentos de gerar um “pai” que não fique unicamente lamentando o destino ao qual foi traçado, e que ele pode transpor serenidade, germinando um bem que possa fazer a si mesmo, transparecer do bem para quem está ao seu redor.

A alienação da condenação do vazio, de alguma forma, nos faz condenados para uma gnose, nos simulacros, em transcrever novidades de uma ética de respeito pela dor, mas que também em não viver somente da dor, e que se faça jus na elaboração de tramites para uma arte que comisere a carência que cada um sente, quando não consegue estar perto de quem ama.

A velhice não pode estar entrelaçada a um laço de atrofiamento das psicomotricidades, aos quais venham elevar para queixas contra a formação de um cabedal, de servil prolegômeno, em enciumar a juventude, tanto pela sua falta de experiência, ou ela força de seus ventos de impetuosidade podendo causar, para aqueles que esperam resplandecer de conhecimento, taciturnos mentais de satisfação, e mesuras de uma história de vida, que não fique aos estalos dos estabelecimentos e cumprimento de normas burocráticas.

Ou seja, Ove, vive em certo momento a amargura de “ser percebido como alguém que necessita de ajuda.

A necessidade da ajuda, envergonha o orgulho próprio, porém carece para adventos da caridade, em fugir do isolamento, se não haver armas consistentes para combater as fagulhas que o tempo provoca na carne, levando a fantasias da demência e do desconforto moral e espiritual ao qual boa parcela da humanidade sofre.

A perseguição que a velhice está incrementada, se faz dentro de um caminho metodológico de tecer artimanhas para uma compreensão pedagógica, de como o “antigo não pode entrar em confusões de interpretação com o ultrapassado”.

“Ove está obcecado pelo distanciamento que a morte impõe, porém vê ao seu redor um choque de gerações, propiciando parâmetros de uma vontade” em se viver distante a um inconsciente de amargura que cercou sua massa encefálica.

Ou seja:

Ele próprio é seu maior desgosto, e a choramingação sem precedentes de amargura, é uma forma dele chamar a atenção para não se distanciar totalmente de uma possível e grata socialização do mundo.

A linguagem da marmúria como um clivo em ponderar o esquecimento irrisório que a sociedade adentra a cada minuto para aqueles que perdem a docilidade de uma estética facial, onde a caule de um sexo confundido com amor, eduque “o outro”, no vetor de aceitação contra negação que não se pode “viver” uma juventude duas vezes.

Alan Kardec (1804 – 1869),  faz um respectivo caminho na evolução da doutrina espírita ao qual a velhice é esplanada pela experiência de vida que as pessoas ganham para uma reencarnação, comiserando perfeição subjetivista alinhada na conscientização das limitações que a ‘carne’ impõem.

“A Carne, nos ensina o naturalista Júlio Ribeiro (1845-1890), ‘é um objeto de corrompimento do amor”, “pero muchachos, las sangrias de um corazón vazio, pudo a contener armas para o poço Del amor, que la humanidad tiene”?

Não!  Os corações amargurados, não acreditam friamente no amor, e sim em sua sombra, do que ele foi um dia.

A poética de um cinema, que se realize no extremo de lançar as misérias que cada homem e mulher possuem secretamente em seus desejos mais ardentes, se depara com uma análise do discurso em que maniqueísmos de verdades são fabricados, com o objetivo de controle comportamental das pessoas.

Esquizofrenia latente para uma desgastada contemporaneidade que vive do passado e não faz a mínima questão em promover múltiplos espaços humanísticos, contra a divisão cruel dentro do senso-comum da linguagem entre “novos e velhos”.

A antiguidade do novo, contra a sagacidade da velhice, em duelo de espadas filosóficas, fazendo do hipócrita, mancebo multiculturalista, uma sessão de destruição do respeito por quinhões desenvolvimentistas de empatia e ajuda ao próximo.

Vejamos que figura do velho enobrece aprendizagens, ou também falsificacionismos de sua interpretação perante glebas populacionais multifacetas em suas origens bioantropológicas.

Darth Vader oculta sua velhice “através do negro” de sua armadura, e também nas entranhas de sua conduta autoritária, sua deformação facial, não está unicamente “em nadar em um poço de lava”, e sim em não mostrar fraqueza da ação do tempo para seus comandados.

Clint Eastwood (1930), em “Gran Torino” (2008), põe para fora os traumas da “Terra do Tio Sam”, em um eclipse de desmistificação da liberdade democrática, aos quais os veteranos de Guerra da Coréia (1950 -1953) (e Guerra é o que não falta naquele pedaço de chão), pelo qual seu personagem Walt Kowalski realiza uma transmutação da idolatria, ao temor, perante a ajuda proposta a imigrantes asiáticos, diante o tradicionalismo de uma ofensa silenciosa, que a cultura “a – pop”, coloca para aqueles com mais de 40.

Antônio Fagundes (1949), talvez represente a questão do velho galã boa pinta, em seus papeis na teledramaturgia brasileira, com seus cabelos grisalhos, e “ar”  canastrão, Lima Duarte (1930) também é um bom exemplo disso em seu papel do caminhoneiro conquistador Zé Bolacha, em “A Próxima Vítima” (1995), ao qual mantém um caso com personagem de Viviane Pasmanter, Irene Braga (1971), ou, ainda, indo mais profundamente para os limites entre um relacionamento amoroso e sexual, atendo ao andrajo do absurdo, em que José Mayer (1949) e Mel Lisboa (1982), fazem um solapar da atração do coito, em censurar preconceitos, que o prazer carnal não contem limites e idade para que possa acontecer na minissérie “Presença de Anita” (2001).

Anthony Hopkins (1937) e Jodie Foster (1962), no aclamadíssimo “O Silêncio dos Inocentes” (1991), dão conta de um amor com ares psicóticos, já que o sedento Hannibal Lecter, tem suas funções mentais assassinas, refreadas pelo charme e ímpeto da agente do F.B.I. Clarice Starling.

O que o diga Marlon Brando (1924 – 2004) e Maria Schneider (1952 – 2011) O Último Tango em Paris (1972) , que levou sua conduta dramática ao extremo, nas cenas de sexo.

Em menos intensidade, contendo um toque britânico, Sean Connery (1930) e Catherine Zeta Jones (1969) em “A Armadilha” (1999), dão um charme todo aristocrático na elação entre ladrões de obras de arte, culminando em uma “suposta” paixão entre ambos, (nunca confie em uma mulher especialmente se ela estiver nua!)

Não confie em alguém com mais de 40?

Isso já não possui uma clara lógica de sentido intelectual contraventor da argumentação concisa, pois Ove contrasta com uma história de uma juventude transviada as avessas, ou seja, já não se tem um ideal de rebeldia nata, que se perdeu a uma imagem de estar revoltada, sem saber o porquê da revolta.

O esquecimento, ou amor,  seja qual sentimento for que vai determinar a condição humana, pelo qual pessoas são abandonadas ao relento de suas sagacidades existências, e que fazem com que o preconceito espalhe uma óptica de terror perante cada minuto de suas vidas, em que o distanciamento da jovialidade causa na maioria das pessoas, como um demônio a tomar conta de toda sua estrutura psicológica e moral.

O consumismo de corpos pelos corpos, um cemitério imoral de cadáveres desgastados pelo não comparecimento de um pudor, em administrar as peripécias da juventude, diante a maturidade idosa.

Ser idoso representa muito mais de um simples “eu”, ao qual a plasticidade da pele foi contaminada pela ação escandalosa do tempo.

“O tempo não para”, não é preciso ser um Lenine (1959) ou Cazuza (1958 – 1990) para saber disso, todavia, Ove exala um sentimento da conformidade em se aceitar como idoso, porém, com a certeza de uma historicidade, que possa fazer uma história de vida, recheada de estórias, aos quais, o esfacelamento da motricidade, seja colocada como um fator de nascimento de luta contra a solidão, com dialéticas a um novo cunho de humanizações perante o sentimento trágico da vida.

Não ocorrem mais, do que balbuciar de saudade, uma saudade que às vezes machuca, mas estamos um tempo histórico, onde saudade aconchega partículas do distante atrevimento em se viver, com um rechaço de limites, mas os limites podem chegar a um aprisionamento da subjetividade.

Charles Bukowski (1920 – 1994)  com seu “velho safado”, traz a memórias como um caminhar para novos episódios de um prazer, em realizar uma anatomia intelectual do nosso tempo.

As psicologias em produzir um sentido crítico de fuga, do senso comum, diante elementos de um signo, do nominalismo fértil, de não reproduzir o que já existe e o que já foi vivido.

Não é uma clonagem de sentimentos nefastos, ornamentados a um passado que condiciona o futuro, e faz com que não ocorra a renovação da natureza humana.

O tempo se vai, escorrendo por traçados de um alarido incoerente, de realizar fantasias, assimiladas, a uma arte cinematográfica, em exalar o medo da morte, e o pânico da velhice.

Ficar ultrapassado, estar a um espaço de vivencia, em ser deixado de lado, porém um lado é sempre um lado, basta escolher em que  lado nosso “eu” (vai querer estar!) acorrentado, e remixado a melodias das escleroses múltiplas, e para uma reclamação diária do que um dia a vida “do indivíduo” foi.

Foi, mas, todavia, não deixo de “ser”.

A velhice está submetida a preconceitos, mas de certa maneira, ela própria produz o distanciamento estético, de uma claridade, para necessidades, entusiastas em conter algum objetivo, para se comportar de maneira dádiva, para aqueles que estão à margem da sociedade.

Respeite os mais velhos, mas é necessário ficar velho para ter respeito?

Dentro de um universo sádico, do efêmero, não seria um ponto irônico traçar uma nova luta de ideologias do bem-estar social entre o politicamente aceito de uma juventude corrompida pelo excesso, e escassez de vontades corporais do idoso.

Memórias que podem colocar Ove como um sentido psicanalítico de Pierre Fedida (1934 – 2002)  (nome, figura e memória), “ter um nome, como todos os objetos nomeados pela língua fala e escrita possuem, uma figura, em como construímos nossas figuras, estremecida pela utopia da juventude eterna, pela vaidade e memória, rechaçadas muitas vezes pelo que foi, e pelo que poderia ter sido, mas em determinados momentos agraciada pelo “não” em decolar princípios para uma inovação existencial”.

Não seria uma mistura na surreal colocar uma pitada de Walter Matthau (1920 – 2000) e Jack Lemmon (1925 – 2001), no sentido a ser um idoso ranzinza, um velho rabugento que vale por dois, ou um sentimento de procura de gratidão pelo que já viveu, que recorda um Marlon Brando novamente, em lutar por agradecimento devido a seus “dotes de benevolência” para um Américo Bonasera que só sabe pedir em cena clássica de O Poderoso Chefão (1974), ou até a violência sem causa com uma pitada de Clint Eastwood, salientada em Gran Torino.

Temos a figura de vários idosos ilustres, dentro da sétima arte hollywoodiana, e que também não deixa de figurar dentro dos caminhos nórdicos.

Bergman exala em o Morangos Silvestres (1957), a necessidade uma compreensão do que é a velhice.

E dentro do universo “pop”, os jurássicos Rolling Stones (1960) nos dão uma gestão de conhecimento de como se manter em alta, diante um mundo tão imediatista, que não valoriza o passado para se projetar um futuro de progresso.

Não basta unicamente e evolução, seja ele no cabido informativo, descritivo, tecnológico, político, filosófico, literário, cinematográfico, caso não haver uma dose de desconfiança pelo qual, “não basta somente desconfiar unicamente de alguém de mais de 40”.

O amadurecimento de uma pedagogia comportamentalista, que não vai verter novos pormenores intelectuais, de um arrombamento, de diabruras, em ter uma espiritualidade dócil, diante as limitações do “tempo”.

Não é um “senhor tão bonito assim”, tempo, que requer tempo, e não consegue dar tempo a si mesmo, e faz de seus expectadores, uma plateia que consome seus raios de aprendizado e desgaste a cada segundo, como uma forma de zombar, daquilo que cada um busca de melhor.

O melhor traz o pior, mas se tivéssemos um rabisco, de inocência infantil, Ove seria um arquipélago de desespero, onde amizades já não comovem ou emocionam, e sim lançam chamas para um olhar de “pena”, deixando a compaixão como um alerta para aqueles que desistiram de viver.

Viver e transcender, poder para reviver, e arder em chama de vitalidade.

O cinema produz caminhos tanto para a diversão, como a aversão do amor proibido, não dentro de relacionamentos emoldurados pelo sexo, e sim pelo fato que deixa marcas para uma divisão de vida, onde cada tempo está cronometrado, não havendo um rescaldo que possa explicar procedimentos psicológicos da destruição de condicionamentos as máculas funestas, da falta do diálogo.

Não basta conter a velhice, coirmã do tempo, fundamental para um alongamento e prolongamentos de saúde mental, e também um radar para a percepção de quando e sim atrelado a uma pessoa, ou a sua condição biológica natural, com um acréscimo de sarcasmo, respeitamos que vemos e não o legado daquilo que percebemos e sentimos perante o “outro”.

Delineamos para uma imagística de cunho fatalista, Ove não é o nome de uma súplica de respeito pela velhice, e sim um alerta para qual a humanidade está se distanciando de sentimentos verdadeiros, para viver somente um cunho “hegeliano do fim da história.

Uma história comiserada pela solidão e por uma vasta hipocrisia e jogar com a humanidade, percalços para aceitação da vida, como uma contemplação diante, o terror do esquecimento.

Um esquecimento que acontece diariamente, pois morremos em um segundo, e vivemos novamente no seguinte, com um compasso na dança das horas, nos dando um direito portento de buscar a verdade diante de nossos semelhantes, mesmo que esses semelhantes contenham uma luva de proteção a dar golpes de santa incredulidade na vitalidade moral que o idoso possa conter.

Como também o idoso, que em determinados momentos se aproveita de sua fragilidade motora para apunhalar aqueles que questionam suas condutas, formando uma nuvem de chantagens emocionais sem fim em um conflito egocêntrico de gerações para ver qual detenção de valor irrisório de estar com a razão, quando não há razão.

Ove também pode ser colocado no caminho comparativo com um filme dos anos de 1985 de ação “Luta Solitária” (Estados Unidos), onde um veterano da Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945) Louis Thibadeau resolve enfrentar sozinho uma gangue que agita seu bairro, interpretado por Charles Durning (1923 – 2012), que aquém da violência, contém um pano de fundo de luta contra o preconceito aos idosos, e também um gás para novas aclimações de ceticismo em torno da imaturidade da jovialidade em conter experiências para ascensão, a um futuro melhor.

A morte não é um caminho árduo, mas a penúria existencial aglutina meandros para novos utensílios de uma ludicidade do pensamento em como “gerações humanas” distantes na idade cronológica uma da outra, possam trocar conhecimento em busca de uma maturação intelectual cultural maior, como uma preparação para o encontro com o “Anjo da Morte”, ou para docilidade para um crescimento moral durante as fases seguintes, ao galopar do cavalo desenfreado da juventude.

Ove, ouve esse apelo, e se torna um prelado do cinema de contestação, para uma vida em sociedade mais amena, e menos tediosa  no condizente cultural, de alojar dentro dos mesmos batistérios morais, figuras humanas tão diferenciadas entre si…

“Eu sou a morte, venha comigo… eu sou a vida, caminhe do meu lado….

Dados Técnicos.

Um Homem Chamado Ove (En Man Som Heter Ove).

Filme lançado em 2017 (no Brasil).
Contém 1 hora e 56 minutos de duração.
Direção: Hannes Holm.
Elenco: Rolf Lassgård, Bahar Pars, Ida Engvoll…
Nacionalidade: Suécia

Sinopse: Ove é um senhor mal-humorado de 59 anos que leva uma vida totalmente amargurada. Aposentado, ele se divide entre sua rotina monótona e as visitas que faz ao túmulo de sua falecida esposa. Mas, quando ele finalmente se entregou às tendências suicidas e desistiu de viver, novos vizinhos se mudam para a casa da frente, e uma amizade inesperada irá surgir.