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Euro-Cine | O Sétimo Selo

Seria uma audácia e tanto colocar o mundo sombrio de Ingmar Bergman (1918 – 2007), somente dentro de um viés cinematográfico.

O que seria verdadeiramente real, acerca de uma teoria dos sentimentos representados por um “kultur” ocidental, que procura nos laços mentais  ligados ao anjo da morte, buscar um sentido para sua condição de sub-raça humana, em não entender que praticamente é um brinquedo perante os desatinos… aos clivos do “arquiteto do universo”.

O jogo de luzes, a dramaticidade da escuridão, eleva padrões para uma teoria da mente, onde não sabemos como sendo meros espectadores onde começa a loucura, e onde termina a sanidade.

Vivemos no abrupto de que a morte vai sair da tela a qualquer momento, e nos propor desafios doentios, para sabermos, que se nossa vida de fazer o que bem entender, pode ser considerada digna.

Bergman elenca os dilemas de uma existência, que só ganha um perfil verdadeiro de sua autenticidade, nas ilações da peste, com o seu semelhante, “o homem”.

O medievalismo aguçado constantemente, a carência da presença de Deus, uma infantilidade adocicada por forte incongruência, em um corpus  ecumênico de obstrução a um cabido, sartreano de que a vida humana, já se torna pessimista, por um sentido de destruição, aos lampejos do bem-estar perante as mais diversificadas visões de mudo.

A decepção, as incertezas, todavia, contando com uma contribuição de acidez intelectual, ao qual Bergman, traça uma idiossincrasia perturbadora de uma linha psicológica, ao qual a arte serve como um empirismo, de se compreender como a humanidade está em um estado de menoridade, diante as ações metafísicas.

A escuridão!

Tornou-se um dos elementos chaves, não para a produção de choro de arrependimento, e sim como sustentáculo e insensatez, perante uma ética do respeito.

Se o respeito por vias de regras, resguarda a solidão da capacidade humana, de buscar um aconchegamento sentimental consigo mesmo, estrangula ao mesmo tempo, a ideia de individualismo, que não esteja no mesmo patamar de egoísmo.

A gnose de humanizar, o improvável, o desejo das eternidades, mas sem serenidade, perante uma “Peste Negra”, que se torna uma metáfora patética ao qual a natureza do bem como do “divino”, brincam entre si na disputa de poder, por processos a lapidar a criticidade de cada um.

Jacques Le Goff (1924 – 2014), eminente historiador francês, colocou que durante o irônico período das “trevas” houve o temerário sentimento, de que o “pecado mora ao lado” (que não tem nada da beleza de Marilyn Monroe (1926 – 1962), e que se instaurou de vez na humanidade, e que caberia as peças moralistas da cristandade, recolocar a magnitude de Deus, na ordem do dia.

Uma mistura muito ingrata, onde a mente humana é lançada nos mais sombrios terrenos, de uma filosofia que não coloca as aptidões subjetivistas como fator a uma integração entre as mais diferenciadas formas de ver o mundo, e sim lança um olhar neurastênico ao qual humanidade é um fantoche nas mãos de Deus e do Diabo, não havendo um respeito por sua individualidade em poder acreditar sim ou não, no que bem entender.

Um vício mórbido, mas de âmbito, quase que existencial, a humanidade sempre necessita se reinventar diante aquilo que não conhece.

A Peste, como é traçada na obra de Albert Camus (1913 – 1960), sinua, que as piores pragas estão ai, disseminadas, dentro da invisibilidade da ignorância humana em se fazer um sacro nicho de comportamentos, que não coloque, o “eu, com você”, respeitando, que o tempo, esta esmiuçado, em se fazer aprender com ele, e não realçado em destruir seus filhos e sim a fazer o aprender.

O cavaleiro que volta após anos de batalha, e encontra sua terra amaldiçoada, profanada pelo prisma caótico de não levar em consideração que as trombetas estão, anunciando o “homem sendo lobo do próprio homem”, se confunde em projetar uma quimera, que induz as mentes mais límpidas, ao envolvimento do pecado, levando a uma demonologia de fazer do cinema um cubo psicológico de uma antropologia da crença, ao qual seu movimento ideológico, opta, mesmo que de maneira oculta, provocar a todo momento o espectador.

Bergman traduz a menoridade humana como um suicídio, exalando o lado sombrio da arte, evocando-o perigos de fazer do mal, uma necessidade a sobrevivência nefasta, das pessoas mais humildes em um medievalismo que beira a construção da Torre de Babel, pelos babilônicos, no espaço de se aproximar de Deus, de maneira que não possua um artifício metafísico pleno e sim exclusivamente humano.

O jogo de imagens, traduzem segundo  Martin Heidegger (1889 – 1976), “que somos devorados pelo tempo que, pensamos ter controle”, faz da Peste Negra, os auspícios para prevenir a humanidade dos perigos que ela mesma produz, e que procura depois na luta eterna entre, a benevolência e a maldade, um sentido para sua parca jornada de vida em procurar um valor exato, para sua admoestação existencial, com bases ao absurdo, a saber de certa forma que a humanidade não está livre do espiritualismo.

Não se trata de uma defesa do ateísmo e sim vermos, que o homem dentro da sinopse de O Sétimo Selo, permuta um sincronismo de preconceitos, quanto a sua capacidade libertação de si mesmo, que constrói ídolos, e imagens fanáticas, para justificar e ratificar, sua condição de dependência perante as ações de um panteísmo nebuloso e ético pelo próximo.

A solidão tece caminhos para uma nova e desgastante maneira de fazer cinema, atenuada a um atrofiamento emocional, bem como a uma valorização do sujeito em crise, no personagem principal Antonius Block, que encontra uma Suécia, fruto reinante do pecado, e que se afasta de Deus, e também esgarça um período histórico, domiciliado, por diretrizes de cunhos a uma psicologia do medo.

O medo, ao qual se transforma em temor, a inocência perdida, diretamente afrontada por subsídios de uma ética, não condizente, com paralelos antropológicos ao rebuço de não está presente ao momento histórico ao qual se vive.

A destruição da divindade, adereçada a louvar e pagar pelos pecados de uma humanidade, que não preza o próximo, constrói um inconsciente, de que não basta unicamente a fé, se não houver uma razão para essa fé.

Max Von Sydow, (1929), o Padre Merrin do sombrio e “Cult O Exorcista” (1973), volta a um dejavu de atuação, em se colocar diante uma dublagem ao qual a crença em Deus, está submetida a questionamentos, que levam a uma consideração metodológica com o existencialismo de Jean Paul Sartre (1905 – 1980), em um conhecimento, que não fique no senso comum da individualidade, e parta a uma iniciativa subjetiva que acalme princípios de fanatismos.

Durante os de 1950, houve um farto terreno para programar lutas ideológicas, contra uma doutrinação de valorização da dialética, como um pronunciamento de palavras e atitudes que fizeram adornar reflexões a sinapses de produção intelectual que possa oferecer uma alternativa à explicação não criacionista do homem como também de sua adulação pelo pecado.

O jogo de linguagens e luz, a um batistério teórico, que lança o cinema com pitadas de Serguei Eisenstein (1898 – 1948), promove uma metafísica advinda da “luminosidade mental” usando das máximas de René Descartes (1596 – 1650), para uma moralização do temor de estarmos sós, mas também o porquê não estar só, quando a solidão se torna uma companhia benéfica para a negociação com o desconhecido por uma vida eterna, que se consiga conter, aos prazeres da carne.

A psicanálise, entra em cena, Block, mistura a inconformidade diante o sarcasmo da morte, e em como ela brinca com as pessoas, lançando pragas de inconsoláveis detrimentos de destruição da moral vigente, se aproximando das trevas.

O tempo, que nunca descansa, frente, a linearidade de fatos, que se enervam diante as misérias humanas, outorga a possessão da alma humana, como um prazer cultural, reganhado de incertezas, mas todavia pluralístico de taxar, o homem como prisioneiro, das mais absurdas baixezas do maniqueísmo exacerbado.

Bergman explora um aclamado senso irônico de engrandecimentos, a plenitude da nobreza de semiologias, sânscritas pelo temor, da vida eterna, estar comprometida pelo julgamento final, cerceado pela escuridão.

O temor do criador, a oração por dias melhores, o último selo a ser aberto, para uma correspondência direta da raça humana em aplaudir os frutos de um espetáculo solene de sofrimento que ela mesma causou.

A estupidez como um estereótipo do que somos pragmatismos enfadonhos dos egoísmos, em se colocar como um representante de uma sociabilidade que faz da contemporaneidade, mais uma peça, no tabuleiro de xadrez convalescente, onde somos comandados por nossos próprios fantasmas, para alaridos intermitentes, a heterogeneidades da mesquinhez, em pensar que detemos algum controle nos destinos da humanidade.

Albert Einstein (1879 – 1955) revelou em sua teoria da relatividade “que os espaços das ações humanas”, produzem um vácuo de possibilidades que não precisam objetivamente ser concluídos materialmente.

A própria imaginação já declama uma fenomenologia de uma natureza mental, ao qual, a morte está como fuga, para um universo, onde haja uma compaixão pelo próximo, e também a um “ama a ti mesmo”, para poder aceitar que muitas pessoas irão padecer, e se quer irão sentir amor, ou até mesmo despertar ódio.

O ódio, a ser seduzido por ideias, de se revestir, por novos caminhos de um congênito clivo de respeito pela dignidade de toda a pessoa.

Menosprezando, o sentido de optar por um lado, de luz ou trevas, bem ou mal, conhecimento ou ignorância, crentes e descrentes, porque muitas das oportunidades, se quer, a maioria indivíduos possuem, no direito de poder escolher algum lado para projetar suas angústias diante o jogo de poder que as maldizentes junções da atividade humana produzem para seus rebentos, em torno de si próprio.

Não adianta ignorar.

Muitos se quer, sabem escolher um lado, enquanto outros se quer tem, um lado para a escolher.

Qual era a intenção do senhor Block?

Escolher um lado próprio, ou reiterar as alternativas que a morte, e a vida lhes propuseram?

A segurança, em levar um espaço cinematográfico que possa não conter a presença da morte e sim comiserar, atitudes de uma atitude reflexiva, acerca do papel da vida, faz de “O Sétimo Selo” um alento, para um sentido schopenhaureniano, aclimatando, a humilhação, diante os impasses de saber, conter o domínio acerca de um indivíduo que contenha uma bioética, em respeitar sua limitação diante um cume de transgressão das leis físicas, e que faça uma saúde psicológica atrevida, de respeitar a si próprio.

O desgosto de Block, diante um tempo implacável que cerceia a capacidade do “ser” em se entender a si mesmo, bem como não faça do “homem”, um fantoche de estar atrelado as suas ações tanto da vontade de Deus como do Diabo.

O tecnicismo de estar submetido aos enlaces, de um amor perdido, que a peste levou, enobrece a ideia, ao qual Jacques Le Goff, “dissemina’, a Idade Média como um período de provações, e não tanto de tentações, ou como exala outro eminente medievalista francês Georges Duby (1919 – 1996), “a Idade Média, como a Idade dos homens”, podemos lançar assim, que o homem é fruto, do seus devaneios comportamentais ilógicos, com adereços em pensar que pode controlar tudo.

O tudo passa a ser o mínimo quando não se entende o seu próprio caminho de condução moral, passando ornamentar, silvos de uma heresia psicológica a construção de todo o “ser moral”.

Esse “ser”, que não se compreende, que não sabe buscar lúdicos comportamentais a fugir de uma metástase comportamental, ao qual possamos, explicar todos os mistérios que envolvem a ação do imaterial diante os desatinos da razão.

O juramento tardio, em fazer um antropocentrismo ético, que não profane a divindade, e destrua mentes cíclicas, diferenciada, no juramento de uma intelectualidade que possa responder a si própria, e que não busque em lamentos externos de sua intelectualidade, novos preceitos para uma ontogênese cultural, que não cumpra esteios intelectuais em inquirir a loucura da insensatez, contendo volúpias de distorção da realidade.

A velhice tem a necessidade, de compreensão, contra barbaridades, de está ultrapassada, diante uma modernidade que não consegue compreender a si própria, sentenciada, na algibeira de levar padrões de uma estrutura psicológica macabra, que fique restrita, a olhar para seu caminho maléfico, de distanciamento de uma sanidade que se faça presente, em setores dialéticos da sociedade.

Uma sociedade, destruída por percalços, para uma arte de amar nebulosa, que produz vítimas de modismos, onde a maior peste está, em não buscar a superação de traumas de um senso-comum nefasto flagelado pelo peremptório de um cinema que chegue a todos os públicos, e não provoque sentimentos de uma loucura dilacerada, e sim a sanidade de entender, que somos domados pelas nossas vontades, que muitas vezes, nos interliga em universos mentais paralelos de subjetividades, contendo respeito por si próprio.

O ideário socrático de Block, em buscar algum alento para suas frustrações, produz uma pedagogia do medo, não há como recorrer ao tempo, o tempo está contra humanidade.

O apocalipse se aproxima, em fugas de uma mentalidade que esteja presente, e não leve a ausência da solidão como primor, a esgarçar, novos torvelinhos para um cinema que produza no homem a indignação, porém não a consternação de frutos a uma frivolidade, da ontologia, a destruição da inteligência, e do amor pelo próximo.

O estado precário de uma Suécia, que dentro de comparações com o momento histórico ao qual foi filmado “O Sétimo Selo”, conta com o cataclisma de uma “quase” Guerra Nuclear causada pelas Superpotências, bem como um novo estudo de “medievalismo” que limita a ação do homem, perante os objetivos do Grande Arquiteto do Universo, resplandece vértices de que a bondade se afastou da humanidade.

Somo maléficos, e devemos pagar por nossos pecados, não se trata de sacralizar o cinema e sim popularizar um sentido, ao qual o existencialismo consciente, esteja na ordem do dia.

O tempo se afasta de um conectivo, de fazer uma fenomenologia da percepção, para harmonia entre o homem, e seu espaço, ao qual Bergman traça, e que vai lançar limiares para que a privação de liberdade do homem, produzindo um efeito claro, aos benefícios da solidão.

A solidão, não como um pudor da mesquinhez, do abandono de Deus, e sim pela própria condição de pecador, que afasta um efeito quântico, de limitação de atitudes, que venham a um personalismo de consciência diante a inconsciência de fragilizar, muros da mensuração, e da domesticação dos corpos, na conjugação de uma história que não respeite o individualismo, e que venha valorizar o coletivismo.

Nesse “período dos anos de 1950, do século XX, o coletivismo”, passou a estar com o substantivo de massificação, fazendo com que a narrativa de O Sétimo Selo seja reinventada, como uma metáfora do ódio e da destruição.

Um “eu”, perdido pela desmoralização de uma inteligência, introvertida em ciladas morais criadas por ela mesma.

O homem não é livre politicamente, possui uma trajetória física, da timidez em se aceitar como um “ser” dependente da natureza, mas possui “ferocidade”, de violentar sua inteligência com artifícios a disseminação de chantagear a si próprio como sendo detentor de todos os “sentimentos do mundo” parafraseando com Carlos Drummond de Andrade (1902 – 1987).

O claustro da pequenez, contendo as fechaduras da mesquinhez, se distanciando da abertura da maciez de espírito.

Uma maciez aspergida com um gosto amargo de tanatos, e um sândalo suave, ao qual o cinema constrói um “self”, para a loucura de alentos a uma ideologia, ao qual se faça do homem, sua própria fonte de morte.

Um jogo de luzes aos quais, o homem se torna refém dos desatinos, da luta entre Deus e o Diabo, para destinar seus percalços diante o inevitável jugo, de não estar livre nem para decidir o seu próprio destino.

Um destino construído por arados, e miscelâneas de uma desgastada ética, que não intervém diretamente, a fazer o homem dominar seus tombadilhos de uma intelectualidade banalizada por ser  maniqueísta.

Bergman com maestria enfoca que estamos a todo o momento sendo vigiados, por lutas espirituais que não cabe a nós acreditarmos, no metafísico celestial friamente, mas que há torturas subjetivistas entre escolher o certo e errado, como condução de uma vida ética, refém de suas armadilhas para uma tutoria macabra, onde não somos mais propriamente donos de nossa própria jornada intelectual.

Abandonados… estamos em um tabuleiro de xadrez ridículo, sendo vitimas de maldades, para alegrar um público, que não conhece o valor da amizade, e de sentimentos verdadeiros, quanto à importância da empatia.

A maluquice em se colocar acima de tudo e de todos, produz no homem moderno, um afastamento de princípios de coletivizar ideologias em virtude do bem próprio, levando a um extraordinário choque de atitudes mentais, propiciando, um sadismo metafísico, ao qual o cinema reproduz um expectador, que veja na dor, e na escuridão, cunhos para armistícios da união amistosa da natureza humana com Deus.

Não basta unicamente, está no tabuleiro, e sim usar corretamente cada jogada, para uma melhoria de condição, a elevar um crescimento de mentalidades que estejam alinhadas com o próximo e com adereços, para um psicologismo esgarçado, a lapidar atitudes, que saiam da mesmice de enxergar exclusivamente o próprio umbigo.

O “pop”, se tornaria então para as simetrias teóricas de O Sétimo Selo, como uma sinfonia de abusos do homem pelo próprio homem.

Uma nova releitura da Idade Média, sendo acesa pelo orgulho demasiado, como o cumprimento de mandamentos não celestiais, em agrado ao “Inimigo de Deus”, e do amigo oculto, que cada indivíduo, dentro de seus desejos mais macabros e ensandecidos para satisfação de seus prazeres materiais se esconde.

O gélido descompromisso em conhecer o animalesco, canibalismo do homem a devorar si mesmo, caminha para um mal-estar civilizatório freudiano, em que isso se torna uma arma para suportar o peso da realidade.

Cansaço, e um desenfreado cunho de desumanização, o desconcerto da arte para segundo as palavras de Ortega y Gasset (1883 – 1955), “atrofiar sentidos de moralidade”, desperta na figura de Block, ao qual Von Sydow, faz anúncios, como um lutador, contra demônios que a própria humanidade cria.

Estamos em um autismo de realizar analíticas anamneses, para guardar um cinema, que diaboliza o homem, e sacraliza o mal, como sendo algo de sutil para a realização das mais belas sintonias de arte da contemporaneidade.

Um gosto de morangos silvestres”, servido pelo macabro, gozo do noturno, para fortificar a capacidade de cada um de conhecer a si mesmo, como guia espiritual, mas que insiste em estar distante a caminhos de liberdade política e social que venham a satisfazer á todos sem exceção.

“Um jantar de Morangos Silvestres Podres, que também pode ser lembrado à obra do escritor, da dramaticidade social  brasileira dos anos de 1980, Caio Fernando de Abreu (1948 – 1996) Morangos Mofados (1982) , “ao quais deleites do prazer, estão envolvidos por um manjar de carência existencial que faz da demonologia, virar um curso a ser seguido para suportar o peso da existência individualista, não basta conter selo de qualidade, o banquete da sobrevivência tem que passar, pela cozinha da solidariedade, para um jantar que realize uma digestão de respeito entre as pessoas, que não ofusque a respeitabilidade entre os mais diferentes estereótipos de valores humanos”.

Individualismo nefasto, “servimos morangos com gosto de sangue”, ao selo de qualidade de Lúcifer, ao qual seu inspetor de vendas é o próprio Deus Pai Todo Poderoso.

Cuidado, selos de qualidades cinematográficas muitas vezes são falsificados, com propagandas enganosas, não contendo um néctar de conhecimento coerente, ao qual Bergman se esforça o máximo, para se chegar ao mais profundo intimo da mente humana, não importando, que seja morangos com selos de qualidades vencidos, inundando uma salada de frutos proibidos completa, para um jantar de questionamentos acerca condição escrota que humanidade destina a si mesma.

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O Sétimo Selo (Det Sjunde Inseglet).
Filme com 1 horas e 36 minutos de duração.
Direção: Ingmar Bergman  | Drama – Fantasia |  Suécia | 1959.
Elenco: Gunnar Björnstrand, Bengt Ekerot, Bibi Andersson…

Sinopse: Após dez anos, um cavaleiro (Max Von Sydow) retorna das Cruzadas e encontra o país devastado pela peste negra. Sua fé em Deus é sensivelmente abalada e enquanto reflete sobre o significado da vida, a Morte (Bengt Ekerot) surge à sua frente querendo levá-lo, pois chegou sua hora. Objetivando ganhar tempo, convida-a para um jogo de xadrez que decidirá se ele parte com a Morte ou não. Tudo depende da sua vitória no jogo e a Morte concorda com o desafio, já que não perde nunca.