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Opinião com Café | Irene, a Teimosa (My Man Godfrey)

Filme de 1936 com 1 hora e 34 minutos de duração.

Sinopse: Carole Lombard é uma herdeira louca que contrata William Powell como mordomo depois de encontrá-lo fuçando no lixo. Engraçado, Powell ensina que dinheiro não é tudo. Ele vem, na verdade, de uma abastada família de Boston e vai morar no depósito de lixo depois de uma terrível história de amor. 

Opinião com Café.

Aparências, o mundo se move através delas, por mais que você diga que não, essa é a realidade. Quando que uma família rica contrataria um mendigo para trabalhar de mordomo? Sem referências, sem conhecer o passado e nenhum membro da família?

O longa nos mostra Irene Bullock (Carole Lombard), uma jovem extremamente rica que em uma gincana encontra Godfrey (William Powell), um “pobre mendigo”, que por ter sido simpático com ela e rude com sua irmã, Cornelia Bullock (Gail Patrick), é convidado para ser o seu mordomo protegido na casa dos Bullock’s.

O que Godfrey não esperava é que a família fosse totalmente louca, mesquinha e superficial, e, agora, cabe ao mendigo ensinar bons valores para seus patrões.

Apesar do humor nonsense, e das situações inusitadas, a trama em preto e branco serve para reflexão, Godfrey na realidade era um milionário muito bem instruído que devido a algumas circunstâncias da vida foi parar nas ruas, os Bullock’s são ricos de dinheiro, mas pobres de amor e humildade.

Nesse contexto que nitidamente separa os ricos dos pobres, nós vemos que existem pobres ricos e ricos pobres, assim como dentro das “castas” existem vários aproveitadores, sejam eles funcionários ou pessoas da alta sociedade que só querem beliscar um pedacinho da fortuna alheia.

Os ensinamentos da trama não param por ai, fatos como o amor entre pessoas de diferentes classes sociais, a questão de que só com o trabalho digno poderemos mudar nossa situação e o contexto que nos cerca são apresentados, mas o maior ensinamento é demonstrado no decorrer do longa… você pode perder tudo na sua vida, só o conhecimento que você ganhou jamais será perdido.

Com tantas coisas aprendidas a analise critica do filme fica para segundo plano, apesar de que tudo se encaixa perfeitamente, o humor rápido, o jeito perspicaz de William Powell encarnar seu personagem, as atuações da família louca e o contexto social que apesar de parecer antigo (1936), sempre será atual.

Nota 8.5